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Premiê da Ucrânia diz que o país não precisa de barricadas

Nikolai Azarov pediu aos manifestantes que retornem a seus lares e deixem que os políticos resolvam os problemas na mesa de negociações

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2013 às 10h04.

Kiev - O primeiro-ministro da Ucrânia, Nikolai Azarov, afirmou neste sábado que o país "não precisa de barricadas" e pediu aos manifestantes que retornem a seus lares e deixem que os políticos resolvam os problemas na mesa de negociações.

"A Ucrânia não precisa de barricadas. Enfraquecem o país. É preciso entender que temos objetivos e tarefas comuns, e que as divergências devem ser resolvidas na mesa de negociações", disse Azarov em um comício em Kiev organizado pelo governista Partido das Regiões (PR).

A concentração do PR, que segundo as estimativas policiais reuniu 10 mil pessoas, acontece na Praça Europa, a uma centena de metros da Praça da Independência, o quartel-general dos maciços protestos antigovernamentais que começaram há mais de três semanas.

A fim de prevenir enfrentamentos entre os que se manifestam a favor e contra o governo, a polícia bloqueou com ônibus e caminhões a avenida Kreschatik, que une essas duas praças da capital ucraniana.

Azarov instou os manifestantes a retornar a seus lares e assegurou que no país não há mais comícios como o da Praça da Independência, em protesto pela decisão do governo de adiar a associação com a União Europeia.

"O resto do país vive e trabalha normalmente", declarou o chefe do governo, perante seus partidários e um mar de bandeiras ucranianas e azuis, a cor da formação governista.

Já a Praça da Independência se encontra repleta de enormes tendas de campanha militares que acolhem os ativistas instalados ali há mais de três semanas, entre um mar de bandeiras nacionais, europeias e dos partidos opositores, assim como cartazes.

"Se acontecer alguma provocação, posso assegurar que será organizada pelas autoridades", disse à imprensa o ex-ministro de Defesa e deputado opositor Anatoli Gritsenko, que acrescentou que "a situação dentro da Praça da Independência é de maior segurança que fora dela".

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