Mundo

Presidente sírio vê 'nova era' árabe, de reformas e caos

Bashar al-Assad garantiu que, apesar dos problemas com os vizinhos, seu país é estável

Bashar al-Assa, presidente da Síria: "quando há divergência, existe espaço para distúrbios" (Getty Images)

Bashar al-Assa, presidente da Síria: "quando há divergência, existe espaço para distúrbios" (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2011 às 11h05.

Madri - O presidente da Síria, Bashar al-Assad, acredita que o mundo árabe está entrando em um momento de mudança".

"Será uma nova era em direção ao caos ou maior institucionalização? Essa é a pergunta. O final ainda não está claro", declarou em entrevista publicada nesta segunda-feira ao jornal nova-iorquino "The Wall Street Journal".

O presidente sírio garantiu que, apesar dos problemas de seus vizinhos, a "Síria é estável", já que o presidente está "estreitamente vinculado às ideias do povo - isto é o miolo do assunto".

Em evidente alusão à queda do presidente da Tunísia, Zine al Abidine ben Ali, e as atuais mobilizações populares no Egito, Assad comentou que "quando há divergência (entre o líder e o povo) existe espaço para os distúrbios".

O presidente sírio, que sucedeu no cargo seu pai após a morte deste em 1999, garantiu que fará durante o ano corrente reformas políticas para realizar eleições municipais, conceder maiores poderes às ONG e criar uma nova lei dos meios de comunicação social.

Assad reconheceu que nos últimos 12 anos, a Síria não avançou rumo à democratização tanto quanto esperava, mas explicou que seu país precisa de tempo para construir as instituições políticas e melhorar a educação do povo antes de proceder à abertura democrática.

Por sua vez, Assad defendeu suas boas relações com Teerã, já que "ninguém pode ser omisso com o Irã, goste ou não".

Negou que o processo de paz entre os palestinos e Israel esteja morto.

"Se o processo estivesse morto, o mundo teria que se preparar para a próxima guerra", especificou.

Acompanhe tudo sobre:GovernoOriente Médioreformas

Mais de Mundo

Eleição na Venezuela: Urnas fecham com atraso e oposição pede que eleitores acompanhem contagem

Eleições na Venezuela: compare os planos de governo de Nicolás Maduro e Edmundo González Urrutia

Maduro convoca apoiadores para mobilização de votos de última hora

Venezuelanos protestam em Miami por não poderem votar nas eleições de seu país

Mais na Exame