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Presidente libanês rejeita ligação do Hezbollah com terrorismo

O presidente disse que o Líbano não pode aceitar as sugestões de que seu governo é parceiro de atos de terrorismo

Hezbollah: "As investidas israelenses ainda continuam e é direito dos libaneses resistirem e frustrarem seus planos" (Mohamed Azakir/Reuters)

Hezbollah: "As investidas israelenses ainda continuam e é direito dos libaneses resistirem e frustrarem seus planos" (Mohamed Azakir/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de novembro de 2017 às 17h45.

Beirute - O presidente do Líbano, Michel Aoun, aparentemente defendeu nesta segunda-feira o Hezbollah como necessário para resistir a Israel, após um comunicado da Liga Árabe acusar o grupo de terrorismo e observar que ele faz parte da coalizão que governa o Líbano.

"As investidas israelenses ainda continuam e é direito dos libaneses resistirem e frustrarem seus planos com todos os meios disponíveis", disse Aoun, de acordo com uma publicação de seu gabinete no Twitter.

O altamente armado grupo xiita Hezbollah, formado pelas Guardas Revolucionárias Iranianas, combateu a ocupação israelense no Líbano no início da década de 1980 e afirma que suas armas ainda são necessárias contra Israel.

A Arábia Saudita, um rival regional do Irã, se opõe ao papel do Hezbollah como uma força militar na Síria e acusou o grupo de ajudar os Houthis no Iêmen, assim como militantes no Barein.

A Liga Árabe se reuniu no domingo para discutir o que afirma ser interferência iraniana em países árabes, e acusou o Hezbollah, um aliado do Irã, de terrorismo.

Aoun disse que o Líbano não pode aceitar as sugestões de que seu governo é parceiro de atos de terrorismo, afirmou um outro tweet após a reunião do presidente com o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, em Beirute.

Aboul Gheit disse em Beirute que ninguém estava acusando o governo libanês de terrorismo ou queria prejudicar o Líbano.

"Um dos parceiros da coalizão é acusado disso... É um meio indireto de pedir ao Estado libanês para conversar com seu parceiro e convencê-lo de refrear seus atos em terras árabes", disse. "Todos reconhecem a particularidade da situação libanesa."

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