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Presidente iraniano é criticado por declarações sobre Chávez

Mahmoud Ahmadinejad disse em seu site acreditar que Chávez "irá retornar" ao lado de Jesus Cristo após a morte

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2013 às 18h15.

Dubai - Clérigos iranianos criticaram o presidente Mahmoud Ahmadinejad por dizer que o presidente venezuelano Hugo Chávez ressuscitará junto com Jesus Cristo e o imã oculto que os muçulmanos xiitas acreditam que se levantará para trazer a paz mundial.

O Irã declarou um dia de luto nacional na quarta-feira depois da morte de Chávez, que compartilhava a aversão da República Islâmica pelo que ambos chamavam de imperialismo norte-americano.

Ahmadinejad estava entre as duas dezenas de líderes que viajaram para a Venezuela para participar do funeral de Chávez na sexta-feira.

Em uma carta de pêsames postada em seu site pessoal na quarta-feira, Ahmadinejad disse que estava seguro de que Chávez "irá retornar" ao lado de Jesus Cristo e do imã Mahdi, que os xiitas devotos acreditam que se escondeu no século 10 e vai reaparecer um dia para espalhar a justiça no mundo.

Mas as declarações de Ahmadinejad enfureceram algumas autoridades religiosas no Irã.

"Os termos que o Sr. Ahmadinejad usou para descrever o presidente venezuelano não são apropriados para nós", disse Ghorbanali Dorri Najafabadi, segundo a agência de notícias semioficial Mehr. Najafabadi é clérigo e um membro importante da Assembleia de Especialistas.

"Pode-se naturalmente enviar uma carta diplomática sem entrar em discussões religiosas", disse o líder de orações na sexta-feira Ahmad Khatami segundo a mídia iraniana, acrescentando que acreditava que a decisão de Ahmadinejad de fazer isso era equivocada.

Segundo a agência de notícias parlamentar Icana, o deputado Mohammad Taqi Rahbar disse na quinta-feira que as declarações de Ahmadinejad foram "certamente erradas e exageradas".


Embora o retorno do 12º imã seja uma crença fundamental xiita, a questão de quais almas mortais retornarão com ele no dia da ressurreição é raramente discutida na República Islâmica.

Ahmadinejad, cujo segundo e último mandato no cargo termina em junho, tem cada vez atraído mais críticas de elementos conservadores dentro do establishment do Irã. Entre as críticas está a de que Ahmadinejad e seus aliados próximos estão preocupados demais com o retorno do imã Mahdi.

Ahmadinejad e Chávez buscaram laços mais próximos entre seus países geograficamente distantes, embora a ação em projetos conjuntos nas áreas social e militar geralmente não passasse de retórica.

Chávez morreu na terça-feira aos 58 anos, depois de lutar contra o câncer por quase dois anos.

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O Irã declarou um dia de luto nacional na quarta-feira depois da morte de Chávez, que compartilhava a aversão da República Islâmica pelo que ambos chamavam de imperialismo norte-americano.

Ahmadinejad estava entre as duas dezenas de líderes que viajaram para a Venezuela para participar do funeral de Chávez na sexta-feira.

Em uma carta de pêsames postada em seu site pessoal na quarta-feira, Ahmadinejad disse que estava seguro de que Chávez "irá retornar" ao lado de Jesus Cristo e do imã Mahdi, que os xiitas devotos acreditam que se escondeu no século 10 e vai reaparecer um dia para espalhar a justiça no mundo.

Mas as declarações de Ahmadinejad enfureceram algumas autoridades religiosas no Irã.

"Os termos que o Sr. Ahmadinejad usou para descrever o presidente venezuelano não são apropriados para nós", disse Ghorbanali Dorri Najafabadi, segundo a agência de notícias semioficial Mehr. Najafabadi é clérigo e um membro importante da Assembleia de Especialistas.

"Pode-se naturalmente enviar uma carta diplomática sem entrar em discussões religiosas", disse o líder de orações na sexta-feira Ahmad Khatami segundo a mídia iraniana, acrescentando que acreditava que a decisão de Ahmadinejad de fazer isso era equivocada.

Segundo a agência de notícias parlamentar Icana, o deputado Mohammad Taqi Rahbar disse na quinta-feira que as declarações de Ahmadinejad foram "certamente erradas e exageradas".


Embora o retorno do 12º imã seja uma crença fundamental xiita, a questão de quais almas mortais retornarão com ele no dia da ressurreição é raramente discutida na República Islâmica.

Ahmadinejad, cujo segundo e último mandato no cargo termina em junho, tem cada vez atraído mais críticas de elementos conservadores dentro do establishment do Irã. Entre as críticas está a de que Ahmadinejad e seus aliados próximos estão preocupados demais com o retorno do imã Mahdi.

Ahmadinejad e Chávez buscaram laços mais próximos entre seus países geograficamente distantes, embora a ação em projetos conjuntos nas áreas social e militar geralmente não passasse de retórica.

Chávez morreu na terça-feira aos 58 anos, depois de lutar contra o câncer por quase dois anos.

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