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Presidente interino do Haiti convoca novas eleições

O mandato do presidente foi encerrado no último dia 14 de junho, mas ele seguiu no cargo após os membros do Congresso Nacional fracassarem em decidir seu futuro


	Jocelerme Privert: Em pronunciamento, o presidente interino afirmou que as eleições são "vitais para o futuro do país"
 (Andres Martinez Casares / Reuters)

Jocelerme Privert: Em pronunciamento, o presidente interino afirmou que as eleições são "vitais para o futuro do país" (Andres Martinez Casares / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2016 às 12h33.

Porto Príncipe - O presidente interino do Haiti, Jocelerme Privert, assinou nesta quarta-feira o decreto que convoca novas eleições no país no próximo dia 9 de outubro, depois de o pleito de outubro de 2015 ter sido invalidado por irregularidades.

Em pronunciamento à nação realizado na noite de ontem, o presidente interino afirmou que as eleições são "vitais para o futuro do país". "Estamos em plena crise e temos que assumir nossa responsabilidade como chefe de Estado", disse Privert.

O mandato do presidente foi encerrado oficialmente no último dia 14 de junho, mas ele seguiu no cargo porque os membros do Congresso Nacional fracassaram em decidir seu futuro em três sessões convocadas especialmente com esse objetivo.

Privert, que antes de assumir o cargo no dia 15 de fevereiro era presidente do Senado, afirmou que sem as eleições de outubro, o parlamento do Haiti não poderá funcionar no próximo ano.

"Há 10 senadores que terão seus mandatos terminados no fim deste ano. Sem eles, não teremos um parlamento", afirmou.

O presidente interino acusou os parlamentares de bloquearem a maioria dos projetos e de não querer resolver a crise política do país. "As pessoas estão sofrendo, mas eles não têm pressa para resolver a situação delas", criticou.

Por outro lado, Privert afirmou que o país pagará os US$ 55 milhões requeridos no pleito, que, segundo ele, serão honestos e democráticos. "Convoco a todos a participar das eleições para a sequência da democracia no Haiti", concluiu.

O pleito de outubro do ano passado custou US$ 100 milhões e foram financiadas, em grande parte, pela comunidade internacional. Desde a criação de uma comissão de verificação eleitoral, que recomendou uma nova eleição presidencial, muitos dos países doadores disseram ao Haiti que não ajudarão a financiar um novo pleito. 

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