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Presidente de Taiwan irá à posse do papa; China se cala

Vaticano é o único aliado diplomático europeu de Taiwan, que tem governo próprio desde que nacionalistas chineses se refugiaram na ilha


	Ma Ying-jeou em discurso: presidente de Taiwan comparecerá a cerimônia apesar de apelos chineses para que o Vaticano rompa relações com a ilha
 (Pichi Chuang/Reuters)

Ma Ying-jeou em discurso: presidente de Taiwan comparecerá a cerimônia apesar de apelos chineses para que o Vaticano rompa relações com a ilha (Pichi Chuang/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2013 às 10h02.

Taipé/Pequim - O presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, comparecerá na semana que vem à cerimônia de posse do papa Francisco, apesar dos apelos da China para que o Vaticano rompa relações com a ilha autônoma.

O Vaticano é o único aliado diplomático europeu de Taiwan, que tem governo próprio desde que nacionalistas chineses se refugiaram na ilha, ao final da guerra civil contra as forças comunistas do país, em 1949. Pequim continua considerando Taiwan uma província rebelde.

"A Santa Sé é nossa aliada diplomática, e o presidente... está comandando uma delegação para participar da posse do novo papa", disse a vice-chanceler Vanessa Shih a jornalistas em Taipé.

"Os dois países partilham de muitos valores universais, tais quais liberdade, democracia, liberdade de culto, justiça... Temos muitas crenças e valores comuns, e portanto temos tido uma estreita amizade", acrescentou.

O papa Francisco, argentino eleito no conclave desta semana, será oficialmente instalado no dia 19 como líder da Igreja. As missas inaugurais dos papas costumam ter a presença de chefes de Estado e governo estrangeiros.

A China, que vive uma fase de relativa trégua diplomática com Taiwan, não se pronunciou sobre a viagem de Ma ao Vaticano.

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