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Presidente da Ucrânia sanciona lei de anistia

Viktor Yanukovich assinou lei que anistia os manifestantes detidos durante os protestos em massa e rejeitou a legislação anti-manifestações

Barricada erguida por manifestantes contrários ao governo, próximo ao local de confrontos com a polícia, em Kiev (Vasily Fedosenko/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 15h11.

Kiev - Pressionado, o presidente da Ucrânia , Viktor Yanukovich, assinou nesta sexta-feira uma lei que anistia os manifestantes detidos durante os protestos em massa e rejeitou a legislação anti-manifestações, uma nova aposta para arrefecer a crise política no país.

Mas a manobra de Yanukovich, que continua politicamente ativo apesar de ter tirado uma licença de saúde na quinta-feira, não deve bastar para encerrar os protestos anti-governo, às vezes violentos, nas ruas de Kiev e outras cidades.

Muitos manifestantes rejeitaram a anistia de imediato, porque está condicionada à desocupação de edifícios públicos tomados pelos ativistas. Um grupo nacionalista radical ucraniano por trás de boa parte da violência fez novas e duras exigências nesta sexta-feira.

O presidente ucraniano, de 63 anos, que parece cada vez mais isolado no cabo de guerra entre o Ocidente e a Rússia, que reinava sobre a Ucrânia durante o comunismo, desapareceu de vista subitamente na quinta-feira, queixando-se das altas temperaturas e de um problema respiratório agudo.

Yanukovich sofre pressão desde novembro, quando sua decisão de aceitar um pacote de empréstimos de 15 bilhões de dólares da Rússia, ao invés de assinar um acordo comercial com a Europa, enfureceu muitos de seus compatriotas e desencadeou grandes protestos na capital.

Pelo menos seis pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas em confrontos nas ruas entre manifestantes anti-governo e a polícia, que aumentaram dramaticamente depois que as autoridades endureceram a reação.


A crise forçou o primeiro-ministro Mykola Azarov a renunciar, e até agora não há sinal de um sucessor. Serhiy Arbuzov, vice de Azarov e amigo próximo de Yanukovich, entrou como premiê interino.

Sublinhando sua influência econômica sobre a Ucrânia, Moscou afirma que um novo governo deve ser instaurado antes de levar adiante a compra já planejada de 2 bilhões de dólares em títulos do governo ucraniano.

Essa relutância e o caos em geral contribuíram para uma queda de 2,5 por cento no valor da moeda local, a grívnia, em relação ao dólar nesta sexta-feira, seu nível mais baixo em quatro anos e meio.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, planeja se encontrar com líderes da oposição, incluindo o ex-boxeador Vitaly Klitschko, nos bastidores de uma conferência de segurança em Munique na sexta-feira.

"Nossa mensagem à oposição ucraniana será de apoio total do presidente Obama e do povo norte-americano para seus esforços", disse Kerry em Berlim, nesta sexta, antes das reuniões.

"Mas também diremos a eles que se conseguirem uma agenda de reformas... vamos exortá-los a se ater a ela, porque mais um impasse, ou mais violência que se torne incontrolável não é do interesse de ninguém." O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse no Twitter que está acompanhando os desdobramentos em Kiev com preocupação, e que "os militares devem permanecer neutros".

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Kiev - Pressionado, o presidente da Ucrânia , Viktor Yanukovich, assinou nesta sexta-feira uma lei que anistia os manifestantes detidos durante os protestos em massa e rejeitou a legislação anti-manifestações, uma nova aposta para arrefecer a crise política no país.

Mas a manobra de Yanukovich, que continua politicamente ativo apesar de ter tirado uma licença de saúde na quinta-feira, não deve bastar para encerrar os protestos anti-governo, às vezes violentos, nas ruas de Kiev e outras cidades.

Muitos manifestantes rejeitaram a anistia de imediato, porque está condicionada à desocupação de edifícios públicos tomados pelos ativistas. Um grupo nacionalista radical ucraniano por trás de boa parte da violência fez novas e duras exigências nesta sexta-feira.

O presidente ucraniano, de 63 anos, que parece cada vez mais isolado no cabo de guerra entre o Ocidente e a Rússia, que reinava sobre a Ucrânia durante o comunismo, desapareceu de vista subitamente na quinta-feira, queixando-se das altas temperaturas e de um problema respiratório agudo.

Yanukovich sofre pressão desde novembro, quando sua decisão de aceitar um pacote de empréstimos de 15 bilhões de dólares da Rússia, ao invés de assinar um acordo comercial com a Europa, enfureceu muitos de seus compatriotas e desencadeou grandes protestos na capital.

Pelo menos seis pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas em confrontos nas ruas entre manifestantes anti-governo e a polícia, que aumentaram dramaticamente depois que as autoridades endureceram a reação.


A crise forçou o primeiro-ministro Mykola Azarov a renunciar, e até agora não há sinal de um sucessor. Serhiy Arbuzov, vice de Azarov e amigo próximo de Yanukovich, entrou como premiê interino.

Sublinhando sua influência econômica sobre a Ucrânia, Moscou afirma que um novo governo deve ser instaurado antes de levar adiante a compra já planejada de 2 bilhões de dólares em títulos do governo ucraniano.

Essa relutância e o caos em geral contribuíram para uma queda de 2,5 por cento no valor da moeda local, a grívnia, em relação ao dólar nesta sexta-feira, seu nível mais baixo em quatro anos e meio.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, planeja se encontrar com líderes da oposição, incluindo o ex-boxeador Vitaly Klitschko, nos bastidores de uma conferência de segurança em Munique na sexta-feira.

"Nossa mensagem à oposição ucraniana será de apoio total do presidente Obama e do povo norte-americano para seus esforços", disse Kerry em Berlim, nesta sexta, antes das reuniões.

"Mas também diremos a eles que se conseguirem uma agenda de reformas... vamos exortá-los a se ater a ela, porque mais um impasse, ou mais violência que se torne incontrolável não é do interesse de ninguém." O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse no Twitter que está acompanhando os desdobramentos em Kiev com preocupação, e que "os militares devem permanecer neutros".

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