Presidente da Ucrânia comemora 1ª noite de trégua efetiva
Leste separatista da Ucrânia passou a noite de segunda para terça-feira sem qualque troca de tiros, afirmou o presidente
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 12h16.
Kiev - O leste separatista da Ucrânia passou a noite de segunda para terça-feira sem qualque troca de tiros, afirmou o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, saudando o primeiro período de calma desta duração como um sinal positivo para as próximas etapas do plano de paz.
A Ucrânia está sob pressão de seus apoiadores ocidentais para pôr fim ao conflito, que está tornando difícil para muitas pessoas sobreviverem ao inverno local, e o custo dos combates deixou a ex-república soviética à beira da falência.
Um protocolo de cessar-fogo de 12 itens foi acordado em setembro para encerrar o conflito entre as forças do governo e os rebeldes apoiados pela Rússia, no qual mais de 4.700 pessoas já foram mortas.
Mas a trégua foi violada repetidamente e Kiev deixou claro que não irá levar adiante os próximos passos do acordo, incluindo a remoção de artilharia pesada, até que as armas silenciem.
“Hoje foi a primeira noite na qual não tivemos um único disparo, nenhuma violação do regime de cessar-fogo”, afirmou Poroshenko em uma reunião com assessores de segurança, que teve parte televisionada.
“Hoje encaramos a tarefa extremamente crucial de implementar o plano de paz”. Os rebeldes discordaram da colocação de Poroshenko, acusando Kiev de novos rompantes de artilharia de segunda para terça-feira, mas seus comentários representaram uma nota de otimismo na véspera de uma visita de dois dias da nova chefe de política externa da União Europeia, Federica Mogherini, à capital ucraniana.
Em um informe diário dos militares da Ucrânia, o porta-voz Andriy Lysenko confirmou não ter havido ataques rebeldes na noite passada, mas disse que as posições ucranianas foram alvejadas algumas vezes durante o dia na segunda-feira.
Na semana passada, as perspectivas de uma nova rodada de conversas de paz entre um “grupo de contato” composto por Ucrânia, Rússia e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) foram frustradas pela retomada dos confrontos no leste.
Na segunda-feira, Valeriy Chaliy, funcionário do alto escalão da Presidência da Ucrânia, declarou que o grupo de contato deve se reunir “o mais cedo possível”, mas que nenhuma data foi acertada.
A Rússia nega as acusações ucranianas de que intervém militarmente a favor dos separatistas e pediu novas conversas sobre o conflito, e na segunda-feira exortou uma reforma constitucional de Kiev que permita mais autonomia para as áreas do leste ucraniano, cuja população fala russo.
Contradizendo os relatos de Poroshenko sobre uma trégua plena de segunda para terça-feira, os separatistas da autoproclamada República Popular de Donetsk acusaram as tropas do governo de terem cometido violações.
“Na noite de 15 de dezembro, as forças ucranianas punitivas realizaram ataques de artilharia no território do aeroporto de Donetsk, apesar do ‘regime de silêncio’”, declarou a república em um comunicado divulgado na Internet.
Kiev - O leste separatista da Ucrânia passou a noite de segunda para terça-feira sem qualque troca de tiros, afirmou o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, saudando o primeiro período de calma desta duração como um sinal positivo para as próximas etapas do plano de paz.
A Ucrânia está sob pressão de seus apoiadores ocidentais para pôr fim ao conflito, que está tornando difícil para muitas pessoas sobreviverem ao inverno local, e o custo dos combates deixou a ex-república soviética à beira da falência.
Um protocolo de cessar-fogo de 12 itens foi acordado em setembro para encerrar o conflito entre as forças do governo e os rebeldes apoiados pela Rússia, no qual mais de 4.700 pessoas já foram mortas.
Mas a trégua foi violada repetidamente e Kiev deixou claro que não irá levar adiante os próximos passos do acordo, incluindo a remoção de artilharia pesada, até que as armas silenciem.
“Hoje foi a primeira noite na qual não tivemos um único disparo, nenhuma violação do regime de cessar-fogo”, afirmou Poroshenko em uma reunião com assessores de segurança, que teve parte televisionada.
“Hoje encaramos a tarefa extremamente crucial de implementar o plano de paz”. Os rebeldes discordaram da colocação de Poroshenko, acusando Kiev de novos rompantes de artilharia de segunda para terça-feira, mas seus comentários representaram uma nota de otimismo na véspera de uma visita de dois dias da nova chefe de política externa da União Europeia, Federica Mogherini, à capital ucraniana.
Em um informe diário dos militares da Ucrânia, o porta-voz Andriy Lysenko confirmou não ter havido ataques rebeldes na noite passada, mas disse que as posições ucranianas foram alvejadas algumas vezes durante o dia na segunda-feira.
Na semana passada, as perspectivas de uma nova rodada de conversas de paz entre um “grupo de contato” composto por Ucrânia, Rússia e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) foram frustradas pela retomada dos confrontos no leste.
Na segunda-feira, Valeriy Chaliy, funcionário do alto escalão da Presidência da Ucrânia, declarou que o grupo de contato deve se reunir “o mais cedo possível”, mas que nenhuma data foi acertada.
A Rússia nega as acusações ucranianas de que intervém militarmente a favor dos separatistas e pediu novas conversas sobre o conflito, e na segunda-feira exortou uma reforma constitucional de Kiev que permita mais autonomia para as áreas do leste ucraniano, cuja população fala russo.
Contradizendo os relatos de Poroshenko sobre uma trégua plena de segunda para terça-feira, os separatistas da autoproclamada República Popular de Donetsk acusaram as tropas do governo de terem cometido violações.
“Na noite de 15 de dezembro, as forças ucranianas punitivas realizaram ataques de artilharia no território do aeroporto de Donetsk, apesar do ‘regime de silêncio’”, declarou a república em um comunicado divulgado na Internet.