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Presidente da Turquia usa vídeo do atentado da Nova Zelândia em campanha

Em propaganda eleitoral, Erdogan criticou instituições ocidentais por não ter chamado o massacre na Nova Zelândia de terrorismo cristão

Turquia: "Se fosse muçulmano, eles diriam terrorismo islâmico" (Press Office/Reuters)

Turquia: "Se fosse muçulmano, eles diriam terrorismo islâmico" (Press Office/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de março de 2019 às 15h49.

Istambul — O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, exibiu neste domingo durante um comício partes do vídeo gravado pelo supremacista branco que atacou duas mesquitas na Nova Zelândia, matando 50 pessoas na última sexta-feira.

Durante evento de campanha na cidade de Esmirna para as eleições locais de 31 de março, Erdogan interrompeu seu discurso para projetar em um telão mais de um minuto das imagens do ataque.

O trecho do vídeo incluía o momento no qual o suspeito entra em uma das mesquitas e abre fogo contra os muçulmanos.

"Todos os líderes mundiais, todas as organizações, começando pela ONU, consideraram que é um ataque contra o islã, contra os muçulmanos. Mas ninguém deu nome a isso. Ninguém disse: 'é um terrorista cristão'", criticou Erdogan após exibir as imagens.

"Se fosse muçulmano, eles diriam 'terrorismo islâmico'. Vejam, isso é muito importante. Pergunto ao Ocidente: por que vocês não dizem?", questionou Erdogan.

O australiano Brenton Tarrant, de 28 anos, ligado à extrema direita, abertamente antimuçulmano e anti-imigração, foi preso acusado de ter cometido o atentado, o pior da história da Nova Zelândia.

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