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Presidente da Colômbia prevê acordo com Farc em "meses"

O processo envolve uma agenda de cinco pontos, e as discussões tem o apoio de Noruega, Cuba, Venezuela e Chile

Marcha em apoio ao processo de paz na Colômbia em Medellín: o conflito armado na Colômbia deixou mais de 600 mil mortos e 15 mil desaparecidos ao longo de quase 50 anos (Raul Arboleda/AFP)
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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2013 às 09h09.

Bogotá - O presidente da Colômbia , Juan Manuel Santos, destacou nesta segunda-feira que o diálogo de paz entre seu governo e a guerrilha das Farc prossegue em um bom ritmo, e previu um acordo de paz para os próximos meses.

"O processo vai bem. Estamos trabalhando com paciência e perseverança na redação de um acordo como nunca se viu antes com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). É um trabalho difícil, complexo", disse Santos em mensagem à Nação.

"Vamos deixar que as delegações trabalhem em Havana sem tanta especulação. Mas se mantiverem o ritmo das últimas semanas, é perfeitamente possível concluir o trabalho em meses".

Sem acertar uma trégua, o governo e a guerrilha negociam em Havana desde novembro de 2012 visando o fim de um conflito armado de quase meio século.

O processo envolve uma agenda de cinco pontos, e as discussões tem o apoio de Noruega, Cuba, Venezuela e Chile.

As tratativas entraram em recesso no dia 21 de março e serão retomadas na terceira semana de abril.


Santos estimou que está cada vez mais perto o "fim do derramamento de sangue, de forma definitiva", e convocou os colombianos a acreditar nas negociações e na "possibilidade de uma Colômbia sem guerra".

O presidente reafirmou que não suspenderá as operações militares e que as forças armadas prosseguirão combatendo as Farc e outros grupos ilegais no país.

"Aos inimigos da paz eu digo: no lugar de envenenar o processo, de difundir mentiras - como a de que haverá paz com impunidade - mantenham a cordura. Em seu momento, vocês também poderão fazer uso do direito democrático de votar a favor ou contra o acordo".

Santos disse ainda que do mesmo modo que tomou a decisão "difícil de iniciar um processo de paz com as Farc", espera "poder fazer o mesmo com o ELN, mais cedo do que tarde".

O Exército de Libertação Nacional (ELN), fundado em 1965 e com cerca de 2.500 combatentes no momento, é o segundo grupo guerrilheiro da Colômbia. A direção do ELN já declarou sua intenção de dialogar com o governo Santos.

As Farc, fundadas em 1964, são a principal guerrilha da Colômbia, com cerca de 8.000 combatentes na atualidade.

O conflito armado na Colômbia, que envolveu outros grupos de esquerda, paramilitares de direita e até narcotraficantes, deixou mais de 600 mil mortos e 15 mil desaparecidos ao longo de quase 50 anos.

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Bogotá - O presidente da Colômbia , Juan Manuel Santos, destacou nesta segunda-feira que o diálogo de paz entre seu governo e a guerrilha das Farc prossegue em um bom ritmo, e previu um acordo de paz para os próximos meses.

"O processo vai bem. Estamos trabalhando com paciência e perseverança na redação de um acordo como nunca se viu antes com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). É um trabalho difícil, complexo", disse Santos em mensagem à Nação.

"Vamos deixar que as delegações trabalhem em Havana sem tanta especulação. Mas se mantiverem o ritmo das últimas semanas, é perfeitamente possível concluir o trabalho em meses".

Sem acertar uma trégua, o governo e a guerrilha negociam em Havana desde novembro de 2012 visando o fim de um conflito armado de quase meio século.

O processo envolve uma agenda de cinco pontos, e as discussões tem o apoio de Noruega, Cuba, Venezuela e Chile.

As tratativas entraram em recesso no dia 21 de março e serão retomadas na terceira semana de abril.


Santos estimou que está cada vez mais perto o "fim do derramamento de sangue, de forma definitiva", e convocou os colombianos a acreditar nas negociações e na "possibilidade de uma Colômbia sem guerra".

O presidente reafirmou que não suspenderá as operações militares e que as forças armadas prosseguirão combatendo as Farc e outros grupos ilegais no país.

"Aos inimigos da paz eu digo: no lugar de envenenar o processo, de difundir mentiras - como a de que haverá paz com impunidade - mantenham a cordura. Em seu momento, vocês também poderão fazer uso do direito democrático de votar a favor ou contra o acordo".

Santos disse ainda que do mesmo modo que tomou a decisão "difícil de iniciar um processo de paz com as Farc", espera "poder fazer o mesmo com o ELN, mais cedo do que tarde".

O Exército de Libertação Nacional (ELN), fundado em 1965 e com cerca de 2.500 combatentes no momento, é o segundo grupo guerrilheiro da Colômbia. A direção do ELN já declarou sua intenção de dialogar com o governo Santos.

As Farc, fundadas em 1964, são a principal guerrilha da Colômbia, com cerca de 8.000 combatentes na atualidade.

O conflito armado na Colômbia, que envolveu outros grupos de esquerda, paramilitares de direita e até narcotraficantes, deixou mais de 600 mil mortos e 15 mil desaparecidos ao longo de quase 50 anos.

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