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Presidente colombiano levará novo acordo de paz ao Congresso

Plebiscito ocorrido no dia 2 de outubro rejeitou o primeiro acordo com a guerrilha assinado em 26 de setembro

Juan Manuel Santos: "estou determinado a manter esta paz, levar o acordo ao Congresso e fazer com com que o acordo seja implementado o mais rápido possível" (Cesar Carrion/Presidência da Colômbia/Divulgação)

Juan Manuel Santos: "estou determinado a manter esta paz, levar o acordo ao Congresso e fazer com com que o acordo seja implementado o mais rápido possível" (Cesar Carrion/Presidência da Colômbia/Divulgação)

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AFP

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 08h58.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou nesta quarta-feira à noite que está determinado a levar ao Congresso o novo acordo de paz com as Farc, para implementá-lo o mais rapidamente possível, admitindo que aprendeu a lição sobre um plebiscito.

"Estou determinado a manter esta paz, levar o acordo ao Congresso e fazer com com que o acordo seja implementado o mais rápido possível", afirmou Santos em Washington.

"Deixarei para o meu sucessor um país em paz", completou Santos, vencedor do Prêmio Nobel da Paz e que tem mandato até 2018.

Ao receber o prêmio de Liderança para as Américas do Diálogo Interamericano, um centro de análises, o presidente refletiu sobre o processo de paz colombiano e a rejeição, em um plebiscito no dia 2 de outubro, do primeiro acordo com a guerrilha assinado em 26 de setembro.

"Em 2 de outubro coloquei o acordo que havíamos assinado com as Farc depois de seis anos de negociações em votação (...). Não estava obrigado, mas acreditei que era o correto", disse o colombiano na cerimônia de gala no hotel Four Seasons da capital americana.

"Aprendi minha lição", afirmou, o que provocou gargalhadas.

"Nunca esquecerei, estava em choque. Nunca imaginei que iríamos perder", admitiu.

O resultado apertado do plebiscito dividiu o país, mas, destacou o presidente, a conjuntura poderia ser uma "bênção escondida" para ampliar a base de apoio a um acordo para acabar com mais de meio século de conflito armado na Colômbia.

Os representantes do governo e da guerrilha começaram a negociar o novo acordo em Cuba, sede das conversações iniciadas em 2012, e no sábado passado anunciaram um novo pacto, após a análise e revisão de das propostas de setores que fizeram campanha pelo "Não" no plebiscito.

Os opositores criticam principalmente o que consideram "impunidade total" para os guerrilheiros responsáveis por crimes atrozes, assim como a possibilidade de que entrem para o cenário político.

"Acredito que é um acordo muito melhor", declarou Santos.

O presidente colombiano está nos Estados Unidos para realizar exames médicos depois de receber resultados considerados fora dos padrões para testes de controle após um câncer de próstata do qual foi operado em 2012.

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