Uruguai: país registra 657 mortos e 17 mortos por coronavírus (Daniel Badra/Getty Images)
Reuters
Publicado em 5 de maio de 2020 às 17h30.
O Uruguai vai aumentar o controle da saúde nas fronteiras, por ver com "preocupação" a existência de casos de coronavírus do lado brasileiro de várias cidades fronteiriças, informou nesta terça-feira (05) o secretário da Presidência, Álvaro Delgado.
"O governo do Uruguai está preocupado com a situação em algumas cidades fronteiriças, principalmente do lado brasileiro", afirmou Delgado em coletiva de imprensa.
"O presidente instruiu todos os ministros a aprofundar a presença nas fronteiras, onde também será feito um protocolo e orientações claras serão dadas à população da área de fronteira, entendendo as particularidades das cidades binacionais", declarou Delgado.
Embora o Uruguai tenha proibido a entrada de estrangeiros durante a emergência de saúde, exceto os residentes de localidades que lidam com o Brasil, que costumam morar de um lado e trabalhar no outro.
No entanto, informou que nesta quarta-feira o ministro da Saúde Pública realizará uma ronda pelas cidades fronteiriças para "ajustar os protocolos" e trabalhar "com maior coordenação com as autoridades brasileiras".
Uruguai registrava, até segunda-feira (04), 17 mortos e 657 casos positivos do novo coronavírus, mas nenhum foi encontrado em departamentos de fronteira como Artigas, Rivera ou Cerro Largo.
Embora o Brasil seja de longe o país mais afetado da América Latina pela pandemia, com 107.780 casos e 7.321 mortes, o presidente Jair Bolsonaro incentiva a abertura e desacredita as medidas de prevenção.
Quando questionado sobre isso, Delgado respondeu: "Não cabe a mim ou ao governo (uruguaio) comentar as posições do presidente brasileiro".