Premier chinês se despede ressaltando vitórias brilhantes
Wen Jiabao deve ceder seu cargo a Li Keqiang
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2013 às 11h32.
Pequim - O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, que deve ceder seu cargo a Li Keqiang, despediu-se nesta terça-feira inaugurando os trabalhos do Parlamento com uma nota de confiança, a promessa à China de um crescimento de 7,5% em 2013, depois de alcançar vitórias brilhantes, embora com uma corrupção galopante.
Diante de quase 3.000 delegados que compõem a Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento) reunidos no Palácio do Povo de Pequim, Wen Jiabao apresentou o tradicional relatório de atividade de seu governo, um balanço do "período excepcional" dos cinco anos transcorridos e as perspectivas para a segunda maior economia do mundo.
A sessão anual da ANP deve aprovar neste ano a nova direção chinesa designada no XVIII congresso do Partido Comunista chinês (PCC), realizado em novembro.
Xi Jinping, de 59 anos, novo secretário-geral, deve ser designado oficialmente presidente da república substituindo Hu Jintao, e Li Keqiang, de 57 anos, deve suceder Wen Jiabao à frente do governo.
Este novo gabinete deve presidir a China, a princípio, pelos próximos dez anos.
Em seu discurso de quase duas horas, Wen Jiabao fixou um objetivo de crescimento de 7,5% para 2013. O aumento do orçamento de Defesa será de 10,7%, em uma economia cuja inflação deve alcançar 3,5%, segundo seu relatório, que preconiza uma "política monetária prudente".
No ano passado, com 7,8%, o crescimento chinês caiu ao seu nível mais baixo em 13 anos.
Esta nova e forte progressão do gasto militar chinês pode alimentar a inquietação sobre as ambições de Pequim, que compensa seu atraso militar em relação a Washington dotando-se de armas cada vez mais sofisticadas.
Tóquio e Pequim se opõem sobre a soberania de um pequeno arquipélago desabitado do mar da China Meridional. O conflito se intensificou em setembro de 2012 com a nacionalização parcial destas ilhas pelo Japão.
A prioridade máxima da nova direção, o combate contra a corrupção endêmica dentro do Partido e do Estado, mereceu apenas uma discreta proclamação de intenções por parte de Wen: "Reforçaremos a luta contra a corrupção e a favor da integridade dos funcionários", disse na parte final de seu discurso.
A família do primeiro-ministro foi alvo no ano passado de revelações do jornal The New York Times, que estimou sua fortuna em 2,2 bilhões de dólares em 2007. O jornal não identificou nenhum desvio de verbas por parte do próprio Wen.
"Continuaremos com a construção de um Estado de direito", prometeu, embora tenha reconhecido que as autoridades também devem estreitar os laços com as massas populares.
Evocou um "sistema de equilíbrio de poderes, de tal maneira que a população possa vigiar o poder e este funcione com transparência".
Wen Jiabao destacou as conquistas chinesas dos últimos anos, como seus "grandes avanços na astronáutica habitada, a exploração lunar, a imersão habitada em grande profundidade, o sistema de navegação Beidou por satélite, o lançamento de um supercomputador" ou de um porta-aviões e de trens de alta velocidade por ocasião dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
O chefe do Governo atual destalhou de forma extensa as contradições que a China enfrenta, sobretudo a existente "entre desenvolvimento econômico e meio ambiente e recursos naturais", que, destacou, aumentam.
Os importantes níveis de poluição alcançados nas cidades chinesas são um dos primeiros temas de descontentamento da população.
"Procuraremos promover um desenvolvimento 'verde', circular e com baixa taxa de carbono", prometeu Wen Jiabao sem fornecer mais detalhes.
Ele não sugeriu mudanças na política do filho único, apesar do envelhecimento da população: "Manteremos a política de planejamento familiar", disse, embora tenha evocado a vontade de melhorá-la progressivamente.
Os trabalhos da ANP devem terminar no dia 17 de março. O sucessor de Wen Jiabao, Li Keqiang, deve participar de uma coletiva de imprensa.
Pequim - O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, que deve ceder seu cargo a Li Keqiang, despediu-se nesta terça-feira inaugurando os trabalhos do Parlamento com uma nota de confiança, a promessa à China de um crescimento de 7,5% em 2013, depois de alcançar vitórias brilhantes, embora com uma corrupção galopante.
Diante de quase 3.000 delegados que compõem a Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento) reunidos no Palácio do Povo de Pequim, Wen Jiabao apresentou o tradicional relatório de atividade de seu governo, um balanço do "período excepcional" dos cinco anos transcorridos e as perspectivas para a segunda maior economia do mundo.
A sessão anual da ANP deve aprovar neste ano a nova direção chinesa designada no XVIII congresso do Partido Comunista chinês (PCC), realizado em novembro.
Xi Jinping, de 59 anos, novo secretário-geral, deve ser designado oficialmente presidente da república substituindo Hu Jintao, e Li Keqiang, de 57 anos, deve suceder Wen Jiabao à frente do governo.
Este novo gabinete deve presidir a China, a princípio, pelos próximos dez anos.
Em seu discurso de quase duas horas, Wen Jiabao fixou um objetivo de crescimento de 7,5% para 2013. O aumento do orçamento de Defesa será de 10,7%, em uma economia cuja inflação deve alcançar 3,5%, segundo seu relatório, que preconiza uma "política monetária prudente".
No ano passado, com 7,8%, o crescimento chinês caiu ao seu nível mais baixo em 13 anos.
Esta nova e forte progressão do gasto militar chinês pode alimentar a inquietação sobre as ambições de Pequim, que compensa seu atraso militar em relação a Washington dotando-se de armas cada vez mais sofisticadas.
Tóquio e Pequim se opõem sobre a soberania de um pequeno arquipélago desabitado do mar da China Meridional. O conflito se intensificou em setembro de 2012 com a nacionalização parcial destas ilhas pelo Japão.
A prioridade máxima da nova direção, o combate contra a corrupção endêmica dentro do Partido e do Estado, mereceu apenas uma discreta proclamação de intenções por parte de Wen: "Reforçaremos a luta contra a corrupção e a favor da integridade dos funcionários", disse na parte final de seu discurso.
A família do primeiro-ministro foi alvo no ano passado de revelações do jornal The New York Times, que estimou sua fortuna em 2,2 bilhões de dólares em 2007. O jornal não identificou nenhum desvio de verbas por parte do próprio Wen.
"Continuaremos com a construção de um Estado de direito", prometeu, embora tenha reconhecido que as autoridades também devem estreitar os laços com as massas populares.
Evocou um "sistema de equilíbrio de poderes, de tal maneira que a população possa vigiar o poder e este funcione com transparência".
Wen Jiabao destacou as conquistas chinesas dos últimos anos, como seus "grandes avanços na astronáutica habitada, a exploração lunar, a imersão habitada em grande profundidade, o sistema de navegação Beidou por satélite, o lançamento de um supercomputador" ou de um porta-aviões e de trens de alta velocidade por ocasião dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
O chefe do Governo atual destalhou de forma extensa as contradições que a China enfrenta, sobretudo a existente "entre desenvolvimento econômico e meio ambiente e recursos naturais", que, destacou, aumentam.
Os importantes níveis de poluição alcançados nas cidades chinesas são um dos primeiros temas de descontentamento da população.
"Procuraremos promover um desenvolvimento 'verde', circular e com baixa taxa de carbono", prometeu Wen Jiabao sem fornecer mais detalhes.
Ele não sugeriu mudanças na política do filho único, apesar do envelhecimento da população: "Manteremos a política de planejamento familiar", disse, embora tenha evocado a vontade de melhorá-la progressivamente.
Os trabalhos da ANP devem terminar no dia 17 de março. O sucessor de Wen Jiabao, Li Keqiang, deve participar de uma coletiva de imprensa.