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Premiê holandês vencerá eleição, segundo pesquisas

O comparecimento às urnas de 81 por cento foi o mais alto em 30 anos numa eleição

Mark Rutte: pelas projeções, o partido de Rutte deve ganhar 31 dos 150 assentos no Parlamento, menos do que os 41 do último pleito de 2012, mas na frente de Wilders (Rijksvoorlichtingsdienst via Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Mark Rutte: pelas projeções, o partido de Rutte deve ganhar 31 dos 150 assentos no Parlamento, menos do que os 41 do último pleito de 2012, mas na frente de Wilders (Rijksvoorlichtingsdienst via Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

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Reuters

Publicado em 15 de março de 2017 às 20h39.

Última atualização em 15 de março de 2017 às 20h52.

AMSTERDÃ (Reuters) - O primeiro-ministro de centro-direita da Holanda, Mark Rutte, afastou de forma enfática a ameaça representada por Geert Wilders, o candidato anti-Islã e anti-União Europeia, nas eleições desta quarta-feira, segundo pesquisas de boca de urna, num grande alívio para outros governos do bloco que enfrentam onda nacionalista.

Pelas projeções, o partido de Rutte deve ganhar 31 dos 150 assentos no Parlamento, menos do que os 41 do último pleito de 2012, mas na frente de Wilders, que empatou em segundo lugar com dois outros partidos com 19 cada um, de acordo com o levantamento do meio de comunicação holandês NOS, com base em entrevistas com eleitores.

"Parece que o VVD será o maior partido na Holanda pela terceira vez consecutiva", disse Rutte, em uma festa pós-eleitoral em Haia. "Hoje à noite vamos celebrar um pouco".

O comparecimento às urnas de 81 por cento foi o mais alto em 30 anos numa eleição que foi um teste para ver se os holandeses queriam acabar com décadas de liberalismo e escolher um caminho nacionalista com Wilders.

Na cidade de Nijmegen, as zonas de votação tiveram que pedir mais cédulas e ampliar o horário de funcionamento para dar às pessoas tempo suficiente para votar.

O resultado foi um alívio para partidos tradicionais na Europa, particularmente na França e na Alemanha, onde nacionalistas de direita esperam ter um grande impacto em eleições neste ano.

Peter Altmaier, chefe de gabinete da chanceler alemã, Angela Merkel, disse via Twitter: "A Holanda, oh, a Holanda, vocês são campeões! Parabéns pelo grande resultado".

Rutte teve um reforço de último minuto devido a uma disputa diplomática com a Turquia, que o permitiu adotar em momento oportuno uma linha dura contra um país de maioria muçulmana durante uma campanha eleitoral em que imigração e integração foram temas chaves.

Contudo, ao mesmo tempo que Rutte evitou uma vitória de Wilders, o que parecia possível no início da campanha, anos de austeridade reduziram a sua parcela dos votos.

Os trabalhistas, parceiros de coalizão, sofreram o seu pior resultado já obtido, com apenas nove assentos, quando na eleição passada ganharam 38.

Isso significa que pode levar semanas ou meses para Rutte negociar uma coalizão de governo.

Segundo as projeções, o partido de Wilders deve aumentar o seu número de assentos de 15 para 19. Ele tuítou: "Ganhamos assentos! A primeira vitória! E Rutte nem viu tudo de mim ainda!"

O resultado está abaixo do seu desempenho de 2010 com 24 assentos, enquanto a apoio aos dois partidos mais favoráveis à União Europeia subiu.

Usando uma metáfora esportiva, Rutte chamou a eleição de quartas de final europeia, antes da semifinal francesa e da final alemã, e afirmou que a vitória de Wilders seria "o tipo errado de populismo ganhando o dia".

Marine Le Pen, de extrema-direita, é cotada para ir para o segundo turno das eleições presidenciais francesas em maio.

Nas eleições alemãs de setembro, o grupo Alternativa para a Alemanha, de direita, deve entrar no Parlamento pela primeira vez.

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