Premiê da Ucrânia pede fim da tensão, mas polícia vai agir
Crise na Ucrânia, decorrente da rejeição do governo a um tratado de associação com a União Europeia, já afeta a cambaleante economia local
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 08h23.
Kiev - O primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, alertou nesta quarta-feira aos manifestantes que serão punidos se violarem a lei, depois que ministros precisaram de escolta para chegar a uma reunião em meio a uma tentativa de bloqueio dos ativistas de oposição.
A crise na Ucrânia , decorrente da rejeição do governo a um tratado de associação com a União Europeia , já afeta a cambaleante economia local, e um adjunto de Azarov embarcou para Moscou para discutir assuntos como o fornecimento de gás -- para o qual Kiev precisa urgentemente de preços mais baixos.
Pivô da crise, o presidente Viktor Yanukovich também viajou na terça-feira, para a China, deixando para trás um país em crise. A agência estatal de notícias chinesa Xinhua disse que o líder ucraniano está em Xian, onde visitaria o famoso exército de estátuas de barro e uma fábrica de aviões.
Em Kiev, a tropa de choque da polícia bloqueou as ruas que dão acesso ao gabinete presidencial, confrontando centenas de manifestantes por trás das barreiras metálicas.
Na terça-feira, o governo de Azarov sobreviveu a uma moção de desconfiança no Parlamento, onde pediu desculpas pela brutalidade policial contra os manifestantes. Mas, na reunião ministerial de quarta-feira, o premiê recuperou a firmeza e alertou os manifestantes a não irem longe demais.
Segundo ele, o governo vem demonstrando tolerância e disposição ao diálogo durante os protestos, e todas as forças políticas precisam contribuir para evitar uma escalada da tensão.
"Todos devem perceber que a Constituição e as leis do país estão em vigor, ninguém está autorizado a violá-las... e todos os que são culpados de atos ilegais irão responder por eles", afirmou.
Os mercados internacionais mantiveram a pressão, elevando o custo do seguro da dívida ucraniana contra uma moratória a um nível inédito desde janeiro de 2010. A Ucrânia precisará pagar no ano que vem mais de 17 bilhões de dólares em dívidas e em contas de gás.
A crise expôs novamente o cabo de guerra entre Oriente e Ocidente na antiga república soviética, que oscila entre a esfera da UE e a órbita de Moscou desde a chamada Revolução Laranja, em 2004-2005, que derrubou a ordem política pós-soviética.
Na semana passada, Yanukovich, um aliado de Moscou, desistiu de assinar um tratado que garantiria uma maior proximidade com a UE, alegando que o custo para a adaptação da economia ucraniana seria exorbitante. Em vez disso, ele preferiu reforçar a aliança com a Rússia.
Kiev - O primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, alertou nesta quarta-feira aos manifestantes que serão punidos se violarem a lei, depois que ministros precisaram de escolta para chegar a uma reunião em meio a uma tentativa de bloqueio dos ativistas de oposição.
A crise na Ucrânia , decorrente da rejeição do governo a um tratado de associação com a União Europeia , já afeta a cambaleante economia local, e um adjunto de Azarov embarcou para Moscou para discutir assuntos como o fornecimento de gás -- para o qual Kiev precisa urgentemente de preços mais baixos.
Pivô da crise, o presidente Viktor Yanukovich também viajou na terça-feira, para a China, deixando para trás um país em crise. A agência estatal de notícias chinesa Xinhua disse que o líder ucraniano está em Xian, onde visitaria o famoso exército de estátuas de barro e uma fábrica de aviões.
Em Kiev, a tropa de choque da polícia bloqueou as ruas que dão acesso ao gabinete presidencial, confrontando centenas de manifestantes por trás das barreiras metálicas.
Na terça-feira, o governo de Azarov sobreviveu a uma moção de desconfiança no Parlamento, onde pediu desculpas pela brutalidade policial contra os manifestantes. Mas, na reunião ministerial de quarta-feira, o premiê recuperou a firmeza e alertou os manifestantes a não irem longe demais.
Segundo ele, o governo vem demonstrando tolerância e disposição ao diálogo durante os protestos, e todas as forças políticas precisam contribuir para evitar uma escalada da tensão.
"Todos devem perceber que a Constituição e as leis do país estão em vigor, ninguém está autorizado a violá-las... e todos os que são culpados de atos ilegais irão responder por eles", afirmou.
Os mercados internacionais mantiveram a pressão, elevando o custo do seguro da dívida ucraniana contra uma moratória a um nível inédito desde janeiro de 2010. A Ucrânia precisará pagar no ano que vem mais de 17 bilhões de dólares em dívidas e em contas de gás.
A crise expôs novamente o cabo de guerra entre Oriente e Ocidente na antiga república soviética, que oscila entre a esfera da UE e a órbita de Moscou desde a chamada Revolução Laranja, em 2004-2005, que derrubou a ordem política pós-soviética.
Na semana passada, Yanukovich, um aliado de Moscou, desistiu de assinar um tratado que garantiria uma maior proximidade com a UE, alegando que o custo para a adaptação da economia ucraniana seria exorbitante. Em vez disso, ele preferiu reforçar a aliança com a Rússia.