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Prefeito opositor venezuelano é assassinado a punhaladas

Agentes que custodiam o domicílio do prefeito se recusaram a informar aos jornalistas a hipótese do assassinato

Enrique Franceschi era desde dezembro de 2011 prefeito de Arismendi, um município com cerca de 35 mil moradores, na Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2014 às 16h23.

Caracas - O prefeito do município Arismendi, na Venezuela , Enrique Franceschi, de 34 anos, foi assassinado neste domingo a punhaladas em seu domicílio, informou o Ministério Público.

'De acordo com informações preliminares, o corpo sem vida de Franceschi foi achado na manhã deste domingo com múltiplos ferimentos causados por arma branca, dentro de sua casa localizada em Río Caribe, no município de Arismendi', disse um comunicado do Ministério Público ao informar que dois promotores investigarão o fato.

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Franceschi, da opositora aliança partidária Mesa de Unidade Democrática (MUD), era desde dezembro de 2011 prefeito de Arismendi, um município com cerca de 35 mil moradores.

Agentes do Corpo de Pesquisas Científicas, Penais e Criminalística (Cicpc) que custodiam o domicílio do prefeito se recusaram a informar aos jornalistas a hipótese do assassinato.

Em uma primeira reação ao fato, o líder opositor e ex-candidato presidencial Henrique Capriles rotulou de 'desgraça' o 'assassinato de nosso irmão querido prefeito Enrique Franceschi', segundo escreveu.

'De parte de todos os prefeitos da Venezuela, nosso mais sentido pêsame aos parentes e amigos de Enrique Franceschi. Lamentável tragédia', escreveu, além disso, no Twitter, o prefeito metropolitano de Caracas, o também dirigente opositor Antonio Ledezma.

A violência delitiva é uma da maiores que afetam a Venezuela, segundo todas as enquetes, embora o governo estime que a oposição duplica as estatísticas para 'magnificar a realidade' do problema.

'Eles (os opositores) falam por exemplo que há 74 homicídios por cada 100 mil habitantes, coisa que é mentira', já que na realidade a taxa 'é de 39 homicídios por cada 100 mil habitantes', assegurou em janeiro o ministro do Interior, Miguel Rodríguez.

O secretário-executivo da MUD, Ramón Guillermo Aveledo, disse em comunicado que o governo fracassou em sua obrigação de proteger os cidadãos e que o assassinato de Franceschi evidência que 'seguimos em mãos da malandragem que assassina impunemente'.

'Este crime demonstra, mais uma vez, o estado de desamparo dos venezuelanos e os níveis nos quais se encontra a insegurança no país, que apesar dos inumeráveis, muito promovidos, mas fracassados planos de segurança que mostrou o governo', indicou. EFE

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