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Prefeita de Barcelona é contra independência unilateral catalã

A prefeita pediu também ao chefe de governo espanhol, Mariano Rajoy, que retire os reforços policiais enviados à região

Barcelona: "Os resultados do 1º de outubro não podem ser um aval para proclamar a independência", disse (Gonzalo Fuentes/Reuters)

Barcelona: "Os resultados do 1º de outubro não podem ser um aval para proclamar a independência", disse (Gonzalo Fuentes/Reuters)

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AFP

Publicado em 9 de outubro de 2017 às 16h20.

Última atualização em 9 de outubro de 2017 às 16h33.

A prefeita de Barcelona, Ada Colau, pediu ao presidente catalão nesta segunda-feira (9) que renuncie a declarar a independência unilateralmente porque "a coesão social" pode estar em risco.

"Os resultados do 1º de outubro não podem ser um aval para proclamar a independência", disse em declaração institucional Ada Colau, prefeita da capital catalã de 1,6 milhão de habitantes e firme defensora de um referendo legal.

Na véspera de uma sessão no Parlamento regional que poderia desencadear uma declaração de independência, Colau pediu também ao chefe de governo espanhol, Mariano Rajoy, que descarte suspender as instituições de governo catalãs e retire os reforços policiais enviados à região.

"O que precisamos agora são gestos de distensão de ambas as partes. Não precisamos de uma escalada que não beneficia ninguém. É hora de construir pontes, não de dinamitá-las", afirmou.

A região de 7,5 milhões de habitantes segura o fôlego na expectativa do comparecimento no Parlamento de Puigdemont, pressionado tanto por seus aliados separatistas para declarar a secessão quanto pelo restante das forças políticas e pelo poder econômico para que renuncie à mesma.

Nesta segunda, o gestor de rodovias Abertis, sua filial de telecomunicações Cellnex e a imobiliária Colonial anunciaram a transferência de suas sedes de Barcelona para Madri, diante da possibilidade de declaração de independência unilateral da região.

Estas instituições seguiram o exemplo, na semana passada, de bancos como o CaixaBank, o primeiro na Catalunha e o terceiro na Espanha, e Sabadell, o segundo na região e o quinto do país, e de grandes empresas como a Gas Natural, que também anunciaram a transferência de suas sedes para fora da Catalunha.

Depois do referendo de 1º de outubro, proibido pela Justiça, e que foi vencido, segundo o governo regional pelos separatistas com 90% dos votos e uma participação de 43%, Puigdemont se comprometeu a declarar uma república independente, mas inclusive em seu próprio partido pedem que não tome decisões irreversíveis que dificultem uma solução dialogada.

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