Porta-aviões da China atravessa o Estreito de Taiwan após manobras
Taiwan é considerado um governo autônomo, mas China reinvidica posse do local e tensão diplomática tem crescido na região
Agência de notícias
Publicado em 23 de outubro de 2024 às 09h20.
Última atualização em 23 de outubro de 2024 às 09h26.
Um porta-aviões da China atravessou nesta quarta-feira, 23, o Estreito que separa o país de Taiwan, informou o Ministério da Defesa da ilha de governo autônomo, um dia depois de Pequim efetuar exercícios com munição real na área.
Uma frota da Marinha da China "liderada pelo porta-aviões Liaoning está passando neste momento Estreito de Taiwan neste momento, navegando ao norte, do lado oeste da linha mediana, e estamos a monitorando de perto", disse o ministro da Defesa, Wellington Koo.
A linha mediana marca a divisão das águas entre os dois territórios.
Algumas horas antes, o ministério informou em um comunicado que a frota navegava por águas próximas a Dongsha, uma ilha a 400 quilômetros de Taiwan, e avançava em direção ao Estreito.
A China considera Taiwan parte de seu território e intensificou as atividades militares ao redor da ilha nos últimos anos para pressionar as autoridades de Taipé, que não aceitam as reivindicações de soberania de Pequim.
O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que é "perfeitamente normal que os porta-aviões chineses naveguem em seu próprio território e águas territoriais".
O Liaoning pareceu retornar ao porto de Qingdao, no leste da China, para "reabastecimento e manutenção necessários", disse Jiang Hsin-biao, especialista militar do Instituto de Taiwan para Pesquisa de Defesa Nacional e Segurança.
Na semana passada, o Exército chinês organizou exercícios militares com aviões e navios, incluindo o porta-aviões Liaoning, que cercaram a ilha em uma "advertência contra atos separatistas" de Taiwan.
E esta semana, as autoridades chinesas anunciaram exercícios com munição real na terça-feira em uma área a apenas 105 quilômetros da ilha principal de Taiwan.