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População do Zimbábue recebe notícia da renúncia com euforia

Apesar da crise política iniciada na semana passada depois de os militares terem avançado contra o governo, a notícia da renúncia surpreendeu muita gente

Renúncia de Mugabe: "Estou tão emocionado. Nunca pensei na vida que veria esse dia" (Philimon Bulawayo/Reuters)
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EFE

Publicado em 21 de novembro de 2017 às 16h39.

Harare - Parte da população do Zimbábue foi às ruas do país nesta terça-feira para comemorar a renúncia de Robert Mugabe como presidente após 37 anos no poder.

Apesar da grave crise política iniciada na semana passada depois de os militares terem avançado contra o governo, a notícia da renúncia surpreendeu muita gente.

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O anúncio foi feito pelo presidente do parlamento, Jacob Mudenda, durante uma sessão que debatia uma moção de censura contra Mugabe, promovida por seu próprio partido.

Gritos de alegria e buzinas eram ouvidas por todas as partes da capital do país, enquanto as pessoas se abraçavam espontaneamente nas ruas. Bandeiras do Zimbábue eram erguidas por alguns que dançavam e cantavam já perto do fim da tarde em Harare.

Muitos comemoravam a intervenção do Exército que acelerou a queda de Mugabe. Entre a multidão, um jovem se destacava nesse sentido: usava uma camisa do Arsenal, time do futebol inglês, mas com o nome do chefe do Exército, Constantine Chiwenga, nas costas.

"Estou tão emocionado. Nunca pensei na vida que veria esse dia. Mugabe renunciou enquanto eu estava vivo. Esse é um passo para o Zimbábue que todos queremos. Não será fácil", escreveu o famoso jornalista Trevor Ncube, do "News Day", pelo Twitter.

A previsão é que amanhã um novo presidente seja nomeado.

O próprio partido de Mugabe, a União Nacional Africana do Zimbábue - Frente Patriótica (ZANU-PF), tinha dado um ultimado para renunciar no domingo, mas o presidente relutava em seguir no poder.

A notícia chegou como um balde de água fria para os cidadãos, que voltaram às ruas para pedir a saída do agora ex-presidente do país.

Como Mugabe não tinha renunciado, o ZANU-PF iniciou o processo de moção de censura parlamentar, que acabou não sendo necessário já que o ex-presidente mudou de ideia.

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