Polícia encontra 10 corpos perto da central de Fukushima
Mais de 300 policiais varreram um raio de 10 quilômetros em torno da usina
Da Redação
Publicado em 14 de abril de 2011 às 12h55.
Tóquio - A polícia japonesa anunciou nesta quinta-feira ter encontrado 10 corpos de vítimas do tsunami do dia 11 de março na área ao redor da central nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, onde os técnicos continuam bombeando toneladas de água contaminada pela radiação.
Mais de 300 policiais, vestidos com uniformes e máscaras protetoras, começaram a varrer um raio de 10 km em torno da usina pela primeira vez desde o terremoto de magnitude 9 seguido de tsunami que devastou a região.
Alguns dos corpos estavam dentro de veículos arrastados pela onda gigante ou debaixo de escombros, explicou à AFP um porta-voz da polícia.
Depois da catástrofe na usina de Fukushima, as autoridades evacuaram a população residente em um perímetro de 20 quilômetros ao redor de suas instalações devido aos níveis altos de radiação.
No dia 3 de abril, a polícia concentrou suas buscas apenas na faixa situada entre 10 e 20 quilômetros da zona de exclusão.
As buscas começaram às 10H00 (22H00 de Brasília de quarta) e terminaram ao anoitecer.
"É difícil estimar a quantidade de pessoas desaparecidas na região. Precisamos encontrá-las o mais rápido possível", acrescentou.
"Se os corpos emitirem uma taxa alta demais de radioatividade, teremos que lavá-los antes de levá-los para o necrotério para a autópsia", indicou o porta-voz.
Segundo estimativas da polícia, 13.349 pessoas perderam a vida na tragédia, enquanto 14.867 ainda são consideradas desaparecidas.
O imperador Akihito e a imperatriz realizaram nesta quinta-feira sua primeira visita à zona afetada pelo desastre para se encontrar com moradores da província de Chiba, vizinha a Tóquio.
O primeiro-ministro, Naoto Kan, desejou por sua vez que as regiões devastadas consigam se recuperar e oferecer uma qualidade de vida exemplar a seus cidadãos.
"Gostaria que me propusessem um plano que permita ao Japão se restabelecer e criar um ambiente social melhor para a população", disse Kan, durante a primeira reunião do painel de especialistas montado por seu governo para coordenar os esforços de reconstrução.
Segundo a agência de notícias Kyodo, o primeiro-ministro imagina uma nova cidade no interior, onde residiriam entre 50.000 e 100.000 pessoas, que correm o risco de ter as casas condenadas devido à radiação de Fukushima.
Na central de Fukushima, atingida por uma onda de 14 metros de altura no dia 11 de março, que danificou o sistema elétrico e o sistema de resfriamento dos reatores, os funcionários da Tokyo Electric Power (Tepco) continuam bombeando a água radioativa que se infiltrou nas instalações e galerias subterrâneas.
"Até agora, já retiramos 700 toneladas de água da galeria do reator 2", declarou Takeo Iwamoto, porta-voz da Tepco.
"A retirada da água do interior e exterior das instalações durará semanas", destacou.
Os técnicos calculam que pelo menos 60.000 toneladas de água radioativa inundaram os subterrâneos, os canais e salas de máquinas de três dos seis reatores da central, dificultando o trabalho dos operários.
Esta delicada tarefa, complicada ainda mais pelos tremores secundários quase cotidianos que ainda abalam a região, é indispensável para que as obras de restabelecimento dos sistemas de resfriamento possam começar.
Desde 11 de março, já foram registradas mais de 400 réplicas do terremoto original de magnitude acima de 5.
Especialistas temem que as instalações da central, já prejudicadas pelas explosões e incêndios, sofram novos danos em consequências destes novos sismos.
A Tepco planeja remover as barras de combustível usado das piscinas de desativação dos reatores, e para isto vai usar um pequeno helicóptero teleguiado que vai verificar o estado dos núcleos.
Situada na costa do Oceano Pacífico, a usina de Fukushima é uma das mais antigas do Japão. Seu primeiro reator está em atividade desde os anos 70.
Tóquio - A polícia japonesa anunciou nesta quinta-feira ter encontrado 10 corpos de vítimas do tsunami do dia 11 de março na área ao redor da central nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, onde os técnicos continuam bombeando toneladas de água contaminada pela radiação.
Mais de 300 policiais, vestidos com uniformes e máscaras protetoras, começaram a varrer um raio de 10 km em torno da usina pela primeira vez desde o terremoto de magnitude 9 seguido de tsunami que devastou a região.
Alguns dos corpos estavam dentro de veículos arrastados pela onda gigante ou debaixo de escombros, explicou à AFP um porta-voz da polícia.
Depois da catástrofe na usina de Fukushima, as autoridades evacuaram a população residente em um perímetro de 20 quilômetros ao redor de suas instalações devido aos níveis altos de radiação.
No dia 3 de abril, a polícia concentrou suas buscas apenas na faixa situada entre 10 e 20 quilômetros da zona de exclusão.
As buscas começaram às 10H00 (22H00 de Brasília de quarta) e terminaram ao anoitecer.
"É difícil estimar a quantidade de pessoas desaparecidas na região. Precisamos encontrá-las o mais rápido possível", acrescentou.
"Se os corpos emitirem uma taxa alta demais de radioatividade, teremos que lavá-los antes de levá-los para o necrotério para a autópsia", indicou o porta-voz.
Segundo estimativas da polícia, 13.349 pessoas perderam a vida na tragédia, enquanto 14.867 ainda são consideradas desaparecidas.
O imperador Akihito e a imperatriz realizaram nesta quinta-feira sua primeira visita à zona afetada pelo desastre para se encontrar com moradores da província de Chiba, vizinha a Tóquio.
O primeiro-ministro, Naoto Kan, desejou por sua vez que as regiões devastadas consigam se recuperar e oferecer uma qualidade de vida exemplar a seus cidadãos.
"Gostaria que me propusessem um plano que permita ao Japão se restabelecer e criar um ambiente social melhor para a população", disse Kan, durante a primeira reunião do painel de especialistas montado por seu governo para coordenar os esforços de reconstrução.
Segundo a agência de notícias Kyodo, o primeiro-ministro imagina uma nova cidade no interior, onde residiriam entre 50.000 e 100.000 pessoas, que correm o risco de ter as casas condenadas devido à radiação de Fukushima.
Na central de Fukushima, atingida por uma onda de 14 metros de altura no dia 11 de março, que danificou o sistema elétrico e o sistema de resfriamento dos reatores, os funcionários da Tokyo Electric Power (Tepco) continuam bombeando a água radioativa que se infiltrou nas instalações e galerias subterrâneas.
"Até agora, já retiramos 700 toneladas de água da galeria do reator 2", declarou Takeo Iwamoto, porta-voz da Tepco.
"A retirada da água do interior e exterior das instalações durará semanas", destacou.
Os técnicos calculam que pelo menos 60.000 toneladas de água radioativa inundaram os subterrâneos, os canais e salas de máquinas de três dos seis reatores da central, dificultando o trabalho dos operários.
Esta delicada tarefa, complicada ainda mais pelos tremores secundários quase cotidianos que ainda abalam a região, é indispensável para que as obras de restabelecimento dos sistemas de resfriamento possam começar.
Desde 11 de março, já foram registradas mais de 400 réplicas do terremoto original de magnitude acima de 5.
Especialistas temem que as instalações da central, já prejudicadas pelas explosões e incêndios, sofram novos danos em consequências destes novos sismos.
A Tepco planeja remover as barras de combustível usado das piscinas de desativação dos reatores, e para isto vai usar um pequeno helicóptero teleguiado que vai verificar o estado dos núcleos.
Situada na costa do Oceano Pacífico, a usina de Fukushima é uma das mais antigas do Japão. Seu primeiro reator está em atividade desde os anos 70.