Polícia dos EUA divulga novas imagens de massacre na boate Pulse
As imagens foram reveladas um ano após o pior massacre realizado por arma de fogo nos EUA, que deixou 49 mortos, em uma boate LGBT
EFE
Publicado em 1 de junho de 2017 às 08h50.
Última atualização em 1 de junho de 2017 às 09h09.
Miami - A polícia de Orlando, na Flórida ( Estados Unidos ), divulgou na quarta-feira várias horas de imagens inéditas gravadas pelas câmeras dos agentes que no dia 12 de junho de 2016, entraram na discoteca Pulse, palco do pior massacre realizado por arma de fogo no país, com 49 mortos.
Nas imagens gravadas pelas câmaras instaladas em seus uniformes, aparecem os agentes entrando no local e se ouve o tiroteio que culminou na morte de Omar Mateen, o americano de origem afegã e que disse ter agido em nome do Estado Islâmico (EI).
Dentro da boate gay, onde se realizava a Noite Latina, aparecem grandes manchas de sangue no chão e os agentes vendo a pulsação das vítimas para saber se ainda estavam vivas.
Os vídeos mostram cenas de caos no interior da Pulse, no momento em que a polícia decide entrar no local por uma janela, para acabar com sequestro de dezenas de pessoas que durava três horas.
Atenção as imagens podem ser fortes:
https://www.youtube.com/watch?v=9VwazWgU3gc
Em um dos trechos, pode ouvir um dos agentes falando com Mateen: "Mostre-me suas mãos agora. Saia com as mãos para o alto ou morrerá" e em seguida, escuta o policial pedindo a Deus que o proteja.
Com Mateen encurralado em uma extremidade do local, vários agentes retiram os reféns e como um deles alertando que teriam uns 20 feridos por arma de fogo.
As imagens também mostram o atendimento ao agente Michael Napolitano, que levou um tiro na cabeça, mas foi salvo porque a bala atingiu seu capacete.
Após momentos de angústia, com a retirada das pessoas da boate, se ouve um grande estrondo de disparos no interior da Pulse, onde Mateen acabou morrendo.
O assassino, que estava armado com um fuzil de assalto e uma pistola automática, disse agir em nome do Estado Islâmico, grupo terrorista ao que jurou lealdade nas suas conversas telefônicas com os negociadores da polícia durante as três horas que permaneceu dentro do clube, com cerca de 30 reféns.
Durante esse tempo matou 49 pessoas, na sua maioria latinos, especialmente porto-riquenhos.
No próximo dia 12 de junho, quando completará um ano do massacre, estão previstos vários atos em Orlando em memória das vítimas.