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Polícia britânica diz ter identificado suspeitos do caso Skripal

Os investigadores acreditam que os responsáveis pelo ataque com Novichok contra os Skripal em março são russos

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Hospitalizados em estado crítico, Serguei e Yulia Skripal conseguiram sobreviver, após permanecerem várias semanas em tratamento intensivo em um hospital (Henry Nicholls/Reuters)

Hospitalizados em estado crítico, Serguei e Yulia Skripal conseguiram sobreviver, após permanecerem várias semanas em tratamento intensivo em um hospital (Henry Nicholls/Reuters)

A
AFP

Publicado em 19 de julho de 2018 às, 11h16.

A Polícia britânica acredita ter identificado os suspeitos do envenenamento com Novichok do ex-agente duplo russo Serguei Skripal e de sua filha, Yulia, e que os mesmos seriam russos - informou a agência britânica Press Association (PA).

"Os investigadores acreditam que identificaram os suspeitos do ataque com Novichok", comparando imagens das câmeras de vigilância com "documentos de pessoas que entraram no país nessa época", declarou à agência uma fonte ligada ao caso.

Os investigadores "estão certos de que são russos", acrescentou a fonte, referindo-se aos suspeitos.

Interrogada pela AFP, a Scotland Yard se negou a comentar a informação.

Skripal e sua filha foram envenenados no início de março em Salisbury (sudoeste da Inglaterra) com o agente neurotóxico Novichok, uma tentativa de assassinato que o governo britânico atribuiu à Rússia. Moscou nega categoricamente a acusação.

O caso deflagrou uma grave crise diplomática entre a Rússia e os países ocidentais, a qual deu lugar a expulsões cruzadas de diplomatas.

Hospitalizados em estado crítico, Serguei e Yulia Skripal conseguiram sobreviver, após permanecerem várias semanas em tratamento intensivo em um hospital.

Serguei Skripal, antigo responsável dos serviços de espionagem do Exército russo, foi condenado por alta traição em 2006, acusado de vender informação para os serviços britânicos. Depois de se beneficiar em 2010 de uma troca de espiões entre Moscou, Londres e Washington, decidiu se instalar na Inglaterra.

Investigações 'meticulosas'

Além dos Skripal, em 30 de junho, um casal de britânicos foi envenenado, após estar em contato com o Novichok que se encontrava em um frasco. A mulher, Dawn Sturgess, de 44 anos, faleceu, mas seu companheiro, Charlie Rowley, sobreviveu. Está internado em estado "grave, mas estável".

Os investigadores tentam determinar se o veneno provém do mesmo lote usado contra Skripal e sua filha.

Segundo a agência PA, Sturgess pode ter estado "exposta a pelo menos dez vezes a quantidade do agente nervoso com o qual os Skripal foram envenenados".

O Novichok estava em um frasco de perfume recolhido por seu parceiro, Charlie, declarou à BBC o irmão de Rowley. A Polícia britânica ainda não confirmou essa informação.

Solicitada por Londres, a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) deslocou uma equipe para o local para "determinar, de maneira independente, a origem da substância que provocou a morte" de Dawn Sturgess, informou a organização em um comunicado na quarta-feira.

Ontem, a Polícia britânica também anunciou que iniciarão investigações "meticulosas" em um parque em Salisbury, a cidade no sul da Inglaterra, onde os Skripal foram envenenados e também estiveram Rowley e Sturgess.

Em paralelo ao trabalho da Polícia, uma "investigação pública" começará nesta quinta-feira nessa mesma cidade para esclarecer os fatos sobre a morte de Dawn Sturgess.

Na segunda-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, voltou a negar qualquer envolvimento da Rússia durante uma entrevista à rede americana Fox News.

"Gostaria de ver provas documentadas, mas ninguém nos mostra", afirmou Putin.

"Vemos apenas acusações infundadas. Por que acontece dessa forma? Por que nossas relações se deterioraram dessa forma?", questionou.

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