Pesadelo judicial de Strauss-Kahn está a um passo de terminar
O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) pode obter nesta terça-feira o caminho livre para deixar o país e retornar à França
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2011 às 23h36.
Nova York - O pesadelo judicial vivido por Dominique Strauss-Kahn nos Estados Unidos desde que uma camareira de Nova York o denunciou por agressão sexual em maio está a um passo de terminar, depois que a Promotoria de Manhattan pediu ao juiz do caso que retire as acusações contra o político francês.
O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) pode obter nesta terça-feira o caminho livre para deixar o país e retornar à França se o juiz Michael Obus retirar as acusações que existem contra ele, como pediu o escritório do promotor Cyrus Vance em uma decisão que provocou protestos da suposta vítima.
A imigrante da Guiné Nafissatou Diallo, que acusou Strauss-Khan durante mais de três meses, recebeu nesta segunda-feira a notícia de que a Promotoria não considera que há provas suficientes para julgar aquele que foi um dos homens mais poderosos do mundo.
A Promotoria de Manhattan informou à ex-camareira e seu advogado, Kenneth Thompson, que o caso perdeu toda sua força em um breve encontro que o defensor definiu como uma "abrupta" reunião e do qual ambos saíram visivelmente frustrados.
Thompson lamentou aos jornalistas que o promotor tenha "negado o direito a uma mulher a ter justiça em um caso de estupro", e criticou também que as autoridades tenham "dado as costas" à perícia e às provas médicas do caso.
Anteriormente, os advogados da suposta vítima tinham comparecido aos tribunais para solicitar o afastamento de Vance, ao considerarem que "administrou mal" o caso e que seu escritório "sabotou" a credibilidade de sua cliente.
"Simplesmente já não temos certeza de que o acusado é culpado", indicou a Promotoria na moção de 25 páginas que apresentou para pedir que sejam retiradas as acusações e na qual provam que Diallo não foi sincera em detalhes do caso.
Essa falta de "credibilidade", potencializada pelas mentiras que a ex-camareira contou sobre o conteúdo da conversa que manteve com um preso um dia depois do incidente, acabou com a versão da litigante a tal ponto que a Promotoria não considera que haja um caso contra Strauss-Khan.
"Desde o início do caso, sustentamos que nosso cliente é inocente e defendemos que havia muitas razões para considerar que a litigante não era crível", apressaram-se a declarar em comunicado enviado à Agência Efe os advogados de Strauss-Khan, William Taylor e Benjamin Brafman.
Os dois afirmaram ainda que o político francês e sua família estão "muito agradecidos" ao escritório do promotor, já que considerou "com seriedade" suas preocupações e concluiu "por si próprio que o caso não podia avançar".
O juiz Obus deve agora decidir o que fazer com Strauss-Khan, embora nos casos em que a Promotoria pede que se retirem as acusações, normalmente os magistrados aceitam o pedido de maneira imediata. Por isso, o político francês pode ser liberado do processo judicial nesta terça-feira, quando está prevista uma audiência.
Os documentos apresentados por Vance revelam que Diallo mentiu às autoridades quando disse que não manteve relações sexuais na noite anterior ao incidente no hotel, um dos argumentos apontados pelos advogados da suposta vítima para denunciar a tentativa de estupro.
Os problemas de credibilidade da suposta vítima fizeram com que o caso perdesse força em junho, quando a Promotoria descobriu que Diallo mentiu em seu pedido de asilo aos EUA e quando encontraram uma conversa telefônica na qual perguntava a um conhecido "como poderia conseguir dinheiro acusando" o francês.
Essas dúvidas levaram à libertação de Strauss-Khan em condicional sem fiança em 1º de julho, data em que a Promotoria trabalhou para decidir se as incógnitas despertadas pela ex-camareira eram suficientemente fortes para encerrar o caso contra o conhecido político e economista.
À espera de saber o que ocorrerá na terça-feira com o caso, Diallo já apresentou em 8 de julho um processo civil contra o ex-diretor-gerente do FMI, no qual reiterou suas acusações e rotulou de "sádica" a agressão sexual, e com o qual busca uma compensação financeira cuja quantia não foi revelada.
Embora Strauss-Khan fique por enquanto livre da Justiça americana, uma jornalista francesa o acusa em seu país de uma tentativa de estupro em 2003, quando o entrevistou em um apartamento de Paris, e, por isso, seus problemas podem não terminar com o encerramento do caso em Manhattan.
Nova York - O pesadelo judicial vivido por Dominique Strauss-Kahn nos Estados Unidos desde que uma camareira de Nova York o denunciou por agressão sexual em maio está a um passo de terminar, depois que a Promotoria de Manhattan pediu ao juiz do caso que retire as acusações contra o político francês.
O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) pode obter nesta terça-feira o caminho livre para deixar o país e retornar à França se o juiz Michael Obus retirar as acusações que existem contra ele, como pediu o escritório do promotor Cyrus Vance em uma decisão que provocou protestos da suposta vítima.
A imigrante da Guiné Nafissatou Diallo, que acusou Strauss-Khan durante mais de três meses, recebeu nesta segunda-feira a notícia de que a Promotoria não considera que há provas suficientes para julgar aquele que foi um dos homens mais poderosos do mundo.
A Promotoria de Manhattan informou à ex-camareira e seu advogado, Kenneth Thompson, que o caso perdeu toda sua força em um breve encontro que o defensor definiu como uma "abrupta" reunião e do qual ambos saíram visivelmente frustrados.
Thompson lamentou aos jornalistas que o promotor tenha "negado o direito a uma mulher a ter justiça em um caso de estupro", e criticou também que as autoridades tenham "dado as costas" à perícia e às provas médicas do caso.
Anteriormente, os advogados da suposta vítima tinham comparecido aos tribunais para solicitar o afastamento de Vance, ao considerarem que "administrou mal" o caso e que seu escritório "sabotou" a credibilidade de sua cliente.
"Simplesmente já não temos certeza de que o acusado é culpado", indicou a Promotoria na moção de 25 páginas que apresentou para pedir que sejam retiradas as acusações e na qual provam que Diallo não foi sincera em detalhes do caso.
Essa falta de "credibilidade", potencializada pelas mentiras que a ex-camareira contou sobre o conteúdo da conversa que manteve com um preso um dia depois do incidente, acabou com a versão da litigante a tal ponto que a Promotoria não considera que haja um caso contra Strauss-Khan.
"Desde o início do caso, sustentamos que nosso cliente é inocente e defendemos que havia muitas razões para considerar que a litigante não era crível", apressaram-se a declarar em comunicado enviado à Agência Efe os advogados de Strauss-Khan, William Taylor e Benjamin Brafman.
Os dois afirmaram ainda que o político francês e sua família estão "muito agradecidos" ao escritório do promotor, já que considerou "com seriedade" suas preocupações e concluiu "por si próprio que o caso não podia avançar".
O juiz Obus deve agora decidir o que fazer com Strauss-Khan, embora nos casos em que a Promotoria pede que se retirem as acusações, normalmente os magistrados aceitam o pedido de maneira imediata. Por isso, o político francês pode ser liberado do processo judicial nesta terça-feira, quando está prevista uma audiência.
Os documentos apresentados por Vance revelam que Diallo mentiu às autoridades quando disse que não manteve relações sexuais na noite anterior ao incidente no hotel, um dos argumentos apontados pelos advogados da suposta vítima para denunciar a tentativa de estupro.
Os problemas de credibilidade da suposta vítima fizeram com que o caso perdesse força em junho, quando a Promotoria descobriu que Diallo mentiu em seu pedido de asilo aos EUA e quando encontraram uma conversa telefônica na qual perguntava a um conhecido "como poderia conseguir dinheiro acusando" o francês.
Essas dúvidas levaram à libertação de Strauss-Khan em condicional sem fiança em 1º de julho, data em que a Promotoria trabalhou para decidir se as incógnitas despertadas pela ex-camareira eram suficientemente fortes para encerrar o caso contra o conhecido político e economista.
À espera de saber o que ocorrerá na terça-feira com o caso, Diallo já apresentou em 8 de julho um processo civil contra o ex-diretor-gerente do FMI, no qual reiterou suas acusações e rotulou de "sádica" a agressão sexual, e com o qual busca uma compensação financeira cuja quantia não foi revelada.
Embora Strauss-Khan fique por enquanto livre da Justiça americana, uma jornalista francesa o acusa em seu país de uma tentativa de estupro em 2003, quando o entrevistou em um apartamento de Paris, e, por isso, seus problemas podem não terminar com o encerramento do caso em Manhattan.