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Peña Nieto explica comparação de Trump a Hitler e Mussolini

O presidente mexicano disse que somente havia feito o comentário como um lembrete da devastação causada no passado


	O presidente do México, Enrique Peña Nieto: Peña Nieto alertou sobre os perigos do populismo num mundo globalizado
 (Ronaldo Schemidt/AFP)

O presidente do México, Enrique Peña Nieto: Peña Nieto alertou sobre os perigos do populismo num mundo globalizado (Ronaldo Schemidt/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2016 às 21h14.

Ottawa - O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, que comparou anteriormente Donald Trump, provável candidato republicano a presidente dos Estados Unidos, a Adolf Hitler e Benito Mussolini, disse nesta quarta-feira que somente havia feito o comentário como um lembrete da devastação causada no passado.

Falando à imprensa ao lado do presidente dos EUA, Barack Obama, e do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, que se reuniram em Ottawa para a cúpula dos “Three Amigos”, Peña Nieto alertou sobre os perigos do populismo num mundo globalizado.

"Hitler, Mussolini, nós todos conhecemos o resultado”, disse ele, quando perguntado sobre a comparação. “Foi somente um chamado para reflexão e reconhecimento, para que tenhamos em mente o que alcançamos e o tanto que temos para alcançar.” O provável candidato republicano nas eleições presidenciais de 8 de novembro, Trump provocou a ira no México com a sua promessa de campanha de construir um muro na fronteira ao sul dos EUA para manter imigrantes ilegais e drogas fora do país e de fazer o México pagar pela obra. Em março, Peña Nieto comparou o “tom estridente” de Trump à ascensão de ditadores como Hitler e Mussolini, atacando o “populismo” da campanha de Trump, que, segundo ele, buscava dar soluções simples para problemas complicados.

"Em diferentes lugares nós vemos atores e líderes políticos que adotam posições populistas e demagógicas e tentam eliminar ou destruir o que levou décadas para construir”, declarou Peña Nieto nesta quarta.

Trump promete renegociar ou terminar com o Acordo de Livre Comércio Norte-Americano, o Nafta, caso se torne presidente.

"Isolamento não é o caminho, a integração é”, afirmou Peña Nieto, repetindo que o México vai trabalhar com qualquer um que se tornar presidente dos EUA.

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