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Pedro Simon compara Sarney ao papa

Senador gaúcho reclamou que o colega de PMDB se acha "acima do bem e do mal"

O senador Pedro Simon quer explicações melhores de Sarney (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

O senador Pedro Simon quer explicações melhores de Sarney (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2011 às 19h30.

Brasília - O senador Pedro Simon (PMDB-RS), um dos líderes da frente parlamentar suprapartidária de combate à corrupção, comparou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) ao papa, afirmando, em tom de ironia, que ele está "acima do bem e do mal". Simon fez a crítica ao comentar a denúncia de que Sarney usou um helicóptero da Polícia Militar do Maranhão - governado por sua filha, Roseana Sarney (PMDB) - para passear em sua ilha particular.

"O Sarney é uma figura institucional, ele é que nem o Papa, se usou, usou bem. Não sei nem de quem foi, nem por que foi, usou e pronto. Não precisa explicar nada pra ninguém", criticou o gaúcho.

Reportagem da Folha de S. Paulo acrescentou que numa das viagens no helicóptero, o desembarque das bagagens de Sarney teria atrasado o atendimento de um homem com traumatismo craniano e clavícula quebrada que fora socorrido pela PM. "Mas não era hora desse cidadão ficar doente, esperasse o Sarney fazer o passeio", ironizou Simon. "O Sarney está acima do bem e do mal", concluiu.

Simon lembrou que Sarney está há mais de 30 anos no poder e, na última eleição para a presidência do Senado, teve o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desprezou o candidato do PT, Tião Viana (AC). Simon lembrou que votou no petista, mesmo Sarney sendo de seu partido.

Simon também criticou a prática de ministros do governo Dilma Rousseff - Paulo Bernardo (PT), das Comunicações, e o ex-ministro Wagner Rossi (PMDB), da Agricultura - que teriam viajado em jatinhos de empresas privadas que mantêm contratos ou ligações com o governo federal. "Não precisa nem perguntar, isso é de um ridículo total", reagiu. Simon lembrou que o Código de Ética para ministros do ex-presidente Lula era tão rígido que o petista havia restringido, até mesmo, as viagens em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

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