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PCCh muda Comitê Central e adota postura ecológica

Os mais de 2 mil delegados do congresso quinquenal elegeram no início da sessão de hoje a composição do novo Comitê Central

Xi Jinping, vice-presidente da China: quem está presente no novo órgão e teve sua presença destacada na imprensa oficial foi o vice-presidente Xi Jinping (Lintao Zhang/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 09h38.

Pequim - O 18º Congresso do Partido Comunista da China (PCCh) foi encerrado nesta quarta-feira em Pequim com a nomeação de um novo Comitê Central, que elegerá amanhã a direção da formação, e com uma reforma de seus estatutos, agora mais atenciosos à questão dos problemas ambientais.

Os mais de 2 mil delegados do congresso quinquenal elegeram no início da sessão de hoje a composição do novo Comitê Central, formado por 205 membros titulares e 171 alternativos, "para substituir os líderes veteranos por outros mais jovens", em palavras do próprio líder Hu Jintao.

O próprio Hu não está no novo Comitê Central, assim como o primeiro-ministro, Wen Jiabao, e o líder máximo do legislativo, Wu Bangguo, um fato que marca o primeiro passo da retirada da "quarta geração" de líderes comunistas, que amanhã também sairão do Comitê Permanente, a cúpula de poder do Partido.

Os membros do novo Comitê Central, que inclui 10 mulheres e 10 membros de minorias étnicas, foram citados um a um na televisão estatal "CFTV" pouco tempo depois da conclusão do Conclave, que também inclui outras sonoras saídas, como a do ministro do Comércio, Chen Deming, e a do governador do banco central, Zhou Xiaochuan.

Também fica de fora do Comitê Central, que mudou quase 50% de seus componentes, Liang Wenwen, o primeiro empresário privado membro do PCCh.

Quem está presente no novo órgão e teve sua presença destacada na imprensa oficial foi o vice-presidente Xi Jinping, que, de acordo com as previsões, deverá ser eleito amanhã como o novo secretário-geral do PCCh no lugar de Hu, uma passagem prévia a sua posse como presidente da China em março de 2013.


Outros membros destacados na nova composição, que, assim como Xi, já figuravam no anterior Comitê Central, são os vice-primeiros-ministros Li Keqiang - principal candidato para assumir o cargo de primeiro-ministro - e Wang Qishan, que também obteve um posto importante na renovada Comissão Disciplinar do Partido.

Entre os nomes que foram divulgados até o momento também figuram outros sete membros do novo Comitê Central (e que também repetem no órgão), todos candidatos ao Comitê Permanente, o mais alto órgão do Partido, que serão votados amanhã.

Trata-se de Liu Yunshan (chefe do Departamento de Publicidade do PCCh), Liu Yandong (conselheira de Estado e a mulher com mais poder no regime), Liu Yuanchao (chefe de organização) e os chefes locais do Partido Wang Yang (Cantão), Zhang Gaoli (Tianjin), Zhang Dejiang (sucessor do afastado Bo Xilai na cidade de Chongqing) e Yu Zhengsheng (Xangai).

Espera-se que destas autoridades mencionadas saia amanhã o novo Comitê Permanente do Partido, o reduzido grupo de líderes (agora são nove, mas acredita-se que o número será reduzido a sete) que movimentará os fios da formação e do país nos próximos dez anos, com Xi Jinping e Li Keqiang no proa.

O fato de que a propaganda tenha destacado especialmente Wang Qishan indica que o mesmo ganhou pontos na corrida pelos postos mais altos e, por isso, ele poderia ser eleito amanhã como o "número dois" do PCCh e, a partir do próximo ano, presidente do Legislativo chinês, apesar de outros apostarem em Yu Zhengsheng.


Na cerimônia de encerramento, realizada no Grande Palácio do Povo com a tradicional solenidade do regime, também se anunciaram mudanças na Constituição do PCCh, entre elas a busca de uma "civilização ecológica", dando a entender uma maior preocupação em torno dos problemas ambientais.

"O Partido deixou clara a posição estratégica da ecologia no plano de desenvolvimento do país", assinalou o relatório de conclusões do 18º Congresso, destacando que este ponto será muito relevante "no esforço para construir uma China formosa e assegurar um desenvolvimento sólido para a nação".

Este giro ideológico, que os analistas não tinham antecipado, é confirmado após uma onda de protestos em cidades chinesas contra a construção de fábricas altamente poluentes, os quais contaram como uma grande mobilização popular e, inclusive, obrigaram os governos locais a cancelar alguns desses projetos.

Não houve na emenda da Constituição uma "desmaoização" que alguns analistas esperavam como castigo aos setores mais esquerdistas do PCCh, e o "pensamento Mao" segue presidindo o corpo ideológico dos estatutos, junto a Marx, Lênin e Deng Xiaoping.

No encerramento do Congresso, os líderes do PCCh também optaram por dar continuidade a reforma e a abertura, algo definido como "um rasgo proeminente no novo período da China", assim como a luta contra a corrupção, outro dos pontos que gerou mais descontentamento entre os cidadãos.

"Temos que seguir em busca de quadros íntegros, governos honestos e a política limpa", assinalou a Comissão Disciplinar do Partido no encerramento do Congresso, no qual pesou a sombra de Bo Xilai, protagonista do maior escândalo político do país nos últimos 20 anos.

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Os mais de 2 mil delegados do congresso quinquenal elegeram no início da sessão de hoje a composição do novo Comitê Central, formado por 205 membros titulares e 171 alternativos, "para substituir os líderes veteranos por outros mais jovens", em palavras do próprio líder Hu Jintao.

O próprio Hu não está no novo Comitê Central, assim como o primeiro-ministro, Wen Jiabao, e o líder máximo do legislativo, Wu Bangguo, um fato que marca o primeiro passo da retirada da "quarta geração" de líderes comunistas, que amanhã também sairão do Comitê Permanente, a cúpula de poder do Partido.

Os membros do novo Comitê Central, que inclui 10 mulheres e 10 membros de minorias étnicas, foram citados um a um na televisão estatal "CFTV" pouco tempo depois da conclusão do Conclave, que também inclui outras sonoras saídas, como a do ministro do Comércio, Chen Deming, e a do governador do banco central, Zhou Xiaochuan.

Também fica de fora do Comitê Central, que mudou quase 50% de seus componentes, Liang Wenwen, o primeiro empresário privado membro do PCCh.

Quem está presente no novo órgão e teve sua presença destacada na imprensa oficial foi o vice-presidente Xi Jinping, que, de acordo com as previsões, deverá ser eleito amanhã como o novo secretário-geral do PCCh no lugar de Hu, uma passagem prévia a sua posse como presidente da China em março de 2013.


Outros membros destacados na nova composição, que, assim como Xi, já figuravam no anterior Comitê Central, são os vice-primeiros-ministros Li Keqiang - principal candidato para assumir o cargo de primeiro-ministro - e Wang Qishan, que também obteve um posto importante na renovada Comissão Disciplinar do Partido.

Entre os nomes que foram divulgados até o momento também figuram outros sete membros do novo Comitê Central (e que também repetem no órgão), todos candidatos ao Comitê Permanente, o mais alto órgão do Partido, que serão votados amanhã.

Trata-se de Liu Yunshan (chefe do Departamento de Publicidade do PCCh), Liu Yandong (conselheira de Estado e a mulher com mais poder no regime), Liu Yuanchao (chefe de organização) e os chefes locais do Partido Wang Yang (Cantão), Zhang Gaoli (Tianjin), Zhang Dejiang (sucessor do afastado Bo Xilai na cidade de Chongqing) e Yu Zhengsheng (Xangai).

Espera-se que destas autoridades mencionadas saia amanhã o novo Comitê Permanente do Partido, o reduzido grupo de líderes (agora são nove, mas acredita-se que o número será reduzido a sete) que movimentará os fios da formação e do país nos próximos dez anos, com Xi Jinping e Li Keqiang no proa.

O fato de que a propaganda tenha destacado especialmente Wang Qishan indica que o mesmo ganhou pontos na corrida pelos postos mais altos e, por isso, ele poderia ser eleito amanhã como o "número dois" do PCCh e, a partir do próximo ano, presidente do Legislativo chinês, apesar de outros apostarem em Yu Zhengsheng.


Na cerimônia de encerramento, realizada no Grande Palácio do Povo com a tradicional solenidade do regime, também se anunciaram mudanças na Constituição do PCCh, entre elas a busca de uma "civilização ecológica", dando a entender uma maior preocupação em torno dos problemas ambientais.

"O Partido deixou clara a posição estratégica da ecologia no plano de desenvolvimento do país", assinalou o relatório de conclusões do 18º Congresso, destacando que este ponto será muito relevante "no esforço para construir uma China formosa e assegurar um desenvolvimento sólido para a nação".

Este giro ideológico, que os analistas não tinham antecipado, é confirmado após uma onda de protestos em cidades chinesas contra a construção de fábricas altamente poluentes, os quais contaram como uma grande mobilização popular e, inclusive, obrigaram os governos locais a cancelar alguns desses projetos.

Não houve na emenda da Constituição uma "desmaoização" que alguns analistas esperavam como castigo aos setores mais esquerdistas do PCCh, e o "pensamento Mao" segue presidindo o corpo ideológico dos estatutos, junto a Marx, Lênin e Deng Xiaoping.

No encerramento do Congresso, os líderes do PCCh também optaram por dar continuidade a reforma e a abertura, algo definido como "um rasgo proeminente no novo período da China", assim como a luta contra a corrupção, outro dos pontos que gerou mais descontentamento entre os cidadãos.

"Temos que seguir em busca de quadros íntegros, governos honestos e a política limpa", assinalou a Comissão Disciplinar do Partido no encerramento do Congresso, no qual pesou a sombra de Bo Xilai, protagonista do maior escândalo político do país nos últimos 20 anos.

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