O presidente retornou no domingo a Cuba para se submeter a uma "revisão integral" (Leo Ramirez/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2011 às 20h08.
Caracas - O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) condenou nesta segunda-feira o que chamou de "política necrófila" da oposição em relação ao presidente do país, Hugo Chávez, a quem atribuiu a propagação de novos rumores sobre o câncer do político.
"Vemos a permanência da política necrofílica, a moléstia da extrema-direita, que tem seus laboratórios de guerra suja para montar panelas, para fazer manipulações, para envenenar, para tratar de desmoralizar um povo", disse a deputada Cilia Flores, da direção nacional do partido comandado por Chávez.
O presidente retornou no domingo a Cuba para se submeter a uma "revisão integral" após os quatro ciclos de quimioterapia que recebeu depois que extirparam em Havana um tumor no dia 20 de junho.
Chávez voltará a seu país em data ainda não determinada e trará boas notícias, garantiu Flores na entrevista coletiva semanal do PSUV.
A deputada classificou as versões que afirmam o contrário como "o desespero" de verificar nas pesquisas que Chávez "sobe a cada dia mais no apoio do povo" ficando próximo de sua terceira reeleição no pleito do ano que vem.
A última versão extra-oficial sobre a saúde do presidente foi dada por Salvador Navarrete, que disse ter integrado um grupo de médicos que cuidou do político até 2002.
Em entrevista publicada neste domingo pela revista mexicana "Milenio", Navarrete declarou que Chávez tem um "tumor da pélvis" que é "muito agressivo" e que a expectativa de vida pode ser de "até dois anos".
"A informação que eu tenho da família (de Chávez) é que ele tem um tumor maligno e estou quase seguro de que essa é a realidade", afirmou Navarrete.
Em breves palavras no aeroporto de Caracas, Chávez se despediu com um "Viva Venezuela, viva a vida", após explicar que em Cuba irá realizar "exames rigorosos".
"Farei uma revisão integral no meu corpo para verificar os resultados desta primeira etapa", disse o presidente, que acrescentou que "tem fé de que tudo será muito positivo".