Espera-se que o socialista dê detalhes sobre a proposta de governo de coalizão nacional com a conservadora Nova Democracia (John Thys/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2011 às 18h37.
Atenas - O parlamento grego espera com tensão e nervosismo o pronunciamento na casa do primeiro-ministro Giorgos Papandreou, que anunciou que irá formar um governo de união nacional.
O discurso do premier estava previamente marcado para ocorrer à meia-noite (horário local), antes da votação da moção de confiança de seu governo. Nesta sexta-feira, porém, seu pronunciamento foi antecipado para às 19h, mas até o momento o líder não apareceu no Congresso.
Espera-se que o socialista dê detalhes sobre a proposta de governo de coalizão nacional com a conservadora Nova Democracia (ND).
Todos os parlamentares e ministros do Pasok (partido do primeiro-ministro) consultados pela Efe se negaram a fazer uma avaliação da situação.
"Hoje não fazemos comentários", foi a resposta de um deles, o que ilustra a tensão que se vive nos corredores da câmara, onde ocorreram discussões entre parlamentares.
Uma deputada da Nova Democracia disse que seu partido não fará nenhum pacto com o governo que não siga às diretrizes estabelecidas pelo líder de sua legenda, Antonis Samaras.
A congressista afirmou ainda que se Papandreou não anunciar esta noite sua renúncia o próprio ND provocará a sua queda.
O líder do pequeno partido Esquerda Democrática, que tem apenas quatro deputados, disse que "há muita incerteza" sobre o resultado da votação desta noite e que as duas principais correntes da política grega estão buscando o consenso.
Já uma deputada independente, expulsa recentemente do ND por apoiar as medidas de austeridade, disse que o primeiro-ministro "merecia receber um tratamento melhor por seus esforços para formalizar um acordo entre os partidos".
"Sou parlamentar há mais de 20 anos e é a primeira vez que vejo uma tristeza tão grande entre os deputados. Espero que Papandreou faça um último esforço para compor um governo com gente capaz de fazer sacrifícios pessoais para salvar o país", finalizou a deputada.