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Parlamento britânico debaterá lei sobre referendo europeu

O referendo trata da permanência do Reino Unido na União Europeia

David Cameron: o premiê já anunciou que fará todo o possível para que seja aprovado (Jonathan Ernst/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2013 às 14h10.

Londres - O Parlamento britânico debaterá o projeto de lei para a realização de um referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia antes do final de 2017, após a eleição de um deputado conservador eurocético, nesta quinta-feira, para apresentá-lo individualmente.

James Wharton, um dos 114 'tories' que na véspera desafiaram o primeiro-ministro conservador David Cameron, em uma votação na Câmara dos Comuns, será o encarregado de apresentar nesta mesma câmara o projeto de lei publicado na terça pelo Partido Conservador.

"Acho que já é hora de este tema ser enfrentado sem rodeios no Parlamento", declarou Wharton à BBC.

"Espero que quando (o projeto de lei) for debatido no parlamento, outros deputados de outros partidos possam apoiá-lo e chegar a um acordo comigo de que, independentemente do que se pense da Europa e de nossa relação com a Europa, o assunto deve ser resolvido e as pessoas devem ter a possibilidade de escolher", acrescentou.

O primeiro-ministro britânico se comprometeu em janeiro a renegociar os termos da relação de seu país com a UE e a submeter o acordo resultante a um referendo sobre sua continuidade no bloco antes do final de 2017, caso seja reeleito para um segundo mandato nas eleições gerais previstas para dois anos antes.

No entanto, não conseguiu formalizar sua promessa na agenda legislativa do governo devido à oposição de seu sócio minoritário na coalizão, o Partido Liberal Democrata, predominantemente pró-europeu.


Por isso aprovou a apresentação deste projeto de lei, destinado a neutralizar os cada vez mais numerosos eurocéticos de sua formação e conter a ascensão do eurófobo Partido pela Independência do Reino Unido (UKIP), que já tem 18% de intenção de votos, segundo uma pesquisa divulgada esta semana pelo jornal The Guardian.

Os liberal-democratas e a oposição trabalhista, que juntos têm maioria na Câmara com 650 membros, devem se opor ao projeto de lei.

Mas Cameron já anunciou que fará todo o possível para que seja aprovado. O primeiro-ministro "vai se assegurar de que os deputados conservadores darão seu pleno apoio" ao projeto de lei, declarou nesta quinta um porta-voz de Downing Street.

Na quarta à tarde, 114 deputados conservadores (mais de um terço dos 305 totais) desafiaram Cameron ao apoiar uma moção não-vinculante, majoritariamente rejeitada, que lamentava a ausência de um projeto de lei sobre o referendo no programa legislativo anunciado na semana passada pelo governo.

O líder liberal-democrata, Nick Clegg, insistiu nesta quinta-feira que sair da UE seria um "erro calamitoso para o país".

"Nos deixaria mais pobres, colocaria potencialmente em risco milhares de empregos e os investidores deixariam de investir neste país", argumentou durante seu programa semanal na rádio LBC.

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Londres - O Parlamento britânico debaterá o projeto de lei para a realização de um referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia antes do final de 2017, após a eleição de um deputado conservador eurocético, nesta quinta-feira, para apresentá-lo individualmente.

James Wharton, um dos 114 'tories' que na véspera desafiaram o primeiro-ministro conservador David Cameron, em uma votação na Câmara dos Comuns, será o encarregado de apresentar nesta mesma câmara o projeto de lei publicado na terça pelo Partido Conservador.

"Acho que já é hora de este tema ser enfrentado sem rodeios no Parlamento", declarou Wharton à BBC.

"Espero que quando (o projeto de lei) for debatido no parlamento, outros deputados de outros partidos possam apoiá-lo e chegar a um acordo comigo de que, independentemente do que se pense da Europa e de nossa relação com a Europa, o assunto deve ser resolvido e as pessoas devem ter a possibilidade de escolher", acrescentou.

O primeiro-ministro britânico se comprometeu em janeiro a renegociar os termos da relação de seu país com a UE e a submeter o acordo resultante a um referendo sobre sua continuidade no bloco antes do final de 2017, caso seja reeleito para um segundo mandato nas eleições gerais previstas para dois anos antes.

No entanto, não conseguiu formalizar sua promessa na agenda legislativa do governo devido à oposição de seu sócio minoritário na coalizão, o Partido Liberal Democrata, predominantemente pró-europeu.


Por isso aprovou a apresentação deste projeto de lei, destinado a neutralizar os cada vez mais numerosos eurocéticos de sua formação e conter a ascensão do eurófobo Partido pela Independência do Reino Unido (UKIP), que já tem 18% de intenção de votos, segundo uma pesquisa divulgada esta semana pelo jornal The Guardian.

Os liberal-democratas e a oposição trabalhista, que juntos têm maioria na Câmara com 650 membros, devem se opor ao projeto de lei.

Mas Cameron já anunciou que fará todo o possível para que seja aprovado. O primeiro-ministro "vai se assegurar de que os deputados conservadores darão seu pleno apoio" ao projeto de lei, declarou nesta quinta um porta-voz de Downing Street.

Na quarta à tarde, 114 deputados conservadores (mais de um terço dos 305 totais) desafiaram Cameron ao apoiar uma moção não-vinculante, majoritariamente rejeitada, que lamentava a ausência de um projeto de lei sobre o referendo no programa legislativo anunciado na semana passada pelo governo.

O líder liberal-democrata, Nick Clegg, insistiu nesta quinta-feira que sair da UE seria um "erro calamitoso para o país".

"Nos deixaria mais pobres, colocaria potencialmente em risco milhares de empregos e os investidores deixariam de investir neste país", argumentou durante seu programa semanal na rádio LBC.

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