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Paris quer saída de Assad, mas não atuará sem coalizão

Primeiro-ministro francês reconheceu embora a França não procure derrubar Bashar al-Assad, deseja sua saída do poder

O presidente sírio, Bashar al-Assad: França não decidirá sobre uma intervenção na Síria até que uma coalizão seja formada (AFP)
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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 13h32.

Paris - O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, reconheceu nesta quarta-feira que embora a França não procure derrubar o presidente sírio, Bashar Al-Assad , deseja sua saída do poder no marco de uma decisão política, e disse que seu país não decidirá sobre uma intervenção até que uma coalizão seja formada.

"A última decisão não poderá ser tomada pelo presidente François Hollande até que uma coalizão seja formada", indicou na abertura de uma sessão extraordinária do Parlamento sobre a Síria , que não será seguida de voto.

Ayrault deixou claro que para a França "jamais entrou em pauta o envio de tropas no terreno e nem de empreender operações para derrubar o regime" sírio, apesar de estar "claro" que o país deseja a "saída de Assad", acusado pela oposição e pelos EUA de empregar armas químicas contra a população civil.

"A solução será política e não militar, mas se não forem freadas tais atuações, não haverá uma solução política, porque qual interesse teria para Assad negociar enquanto acredita que pode liquidar sua oposição com métodos que semeiam o terror e a morte", acrescentou.

O chefe do Governo francês se comprometeu a informar aos parlamentares "nos próximos dias" sobre a evolução da situação, mas não fez nenhuma referência a esse hipotético voto, considerando que ainda não chegou o momento em que será necessário abordá-lo.

A cúpula do G20 realizada a partir de amanhã em São Petersburgo (Rússia), e na qual Hollande deve se reunir entre outros com o presidente americano, Barack Obama , será a ocasião, segundo Ayrault, de obter a maior quantidade de apoios internacionais.

"Perante a barbárie, a passividade não pode ser uma opção, não pelo menos para a França", disse Ayrault, que qualificou o ataque de 21 de agosto aos arredores de Damasco como "o aterrorizante uso de armas químicas neste inicío de século".

Hollande, em suas palavras, optou por uma ação "legítima, coletiva e refletida".

"Qual credibilidade teriam nossos compromissos internacionais contra a proliferação de armas de destruição em massa?", perguntou Ayrault, para quem "a gravidade da ameaça" obriga a França a atuar e a se manter unida e "fiel" a seus valores.

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"A última decisão não poderá ser tomada pelo presidente François Hollande até que uma coalizão seja formada", indicou na abertura de uma sessão extraordinária do Parlamento sobre a Síria , que não será seguida de voto.

Ayrault deixou claro que para a França "jamais entrou em pauta o envio de tropas no terreno e nem de empreender operações para derrubar o regime" sírio, apesar de estar "claro" que o país deseja a "saída de Assad", acusado pela oposição e pelos EUA de empregar armas químicas contra a população civil.

"A solução será política e não militar, mas se não forem freadas tais atuações, não haverá uma solução política, porque qual interesse teria para Assad negociar enquanto acredita que pode liquidar sua oposição com métodos que semeiam o terror e a morte", acrescentou.

O chefe do Governo francês se comprometeu a informar aos parlamentares "nos próximos dias" sobre a evolução da situação, mas não fez nenhuma referência a esse hipotético voto, considerando que ainda não chegou o momento em que será necessário abordá-lo.

A cúpula do G20 realizada a partir de amanhã em São Petersburgo (Rússia), e na qual Hollande deve se reunir entre outros com o presidente americano, Barack Obama , será a ocasião, segundo Ayrault, de obter a maior quantidade de apoios internacionais.

"Perante a barbárie, a passividade não pode ser uma opção, não pelo menos para a França", disse Ayrault, que qualificou o ataque de 21 de agosto aos arredores de Damasco como "o aterrorizante uso de armas químicas neste inicío de século".

Hollande, em suas palavras, optou por uma ação "legítima, coletiva e refletida".

"Qual credibilidade teriam nossos compromissos internacionais contra a proliferação de armas de destruição em massa?", perguntou Ayrault, para quem "a gravidade da ameaça" obriga a França a atuar e a se manter unida e "fiel" a seus valores.

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