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Paraguai não vê Venezuela como apta para presidir Mercosul

O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga, destacou que a imagem da organização no exterior pode ser danificada pela crise vivida pelo país


	Mercosul: A questão deve ser abordada em uma reunião entre ministros das Relações Exteriores e Economia do Mercosul no dia 30 de julho
 (Miguel Rojo/AFP)

Mercosul: A questão deve ser abordada em uma reunião entre ministros das Relações Exteriores e Economia do Mercosul no dia 30 de julho (Miguel Rojo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2016 às 11h55.

Madri - O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga, questionou nesta quarta-feira a idoneidade da Venezuela para assumir a presidência rotativa do Mercosul pela crise interna que o país enfrenta, já que vive em estado de "tensão" pelo "descumprimento de princípios universais e direitos humanos".

O ministro paraguaio fez estas declarações junto com o colega espanhol, José Manuel García-Margallo, depois de se reunir em Madri.

Loizaga lembrou que a Venezuela deveria ser o seguinte país a assumir a presidência do Mercosul pela ordem alfabética, mas também destacou a importância da imagem que esta organização projeta no exterior, que pode ser danificada pela crise vivida pelo país.

Os ministros das Relações Exteriores e Economia do Mercosul manterão uma reunião em Montevidéu em 30 de julho para abordar esta questão, lembrou.

Com relação à negociação do tratado Mercosul-UE, cujas conversas estiveram estagnadas durante vários anos, o ministro paraguaio reconheceu que trata-se de uma relação que "não é fácil" e já se passaram 20 anos desde a primeira proposta.

Loizaga acredita que ambos organismos internacionais se entendam e seja aberto "um fluxo de comércio que permita ao Mercosul o desenvolvimento e a criação de emprego".

O ministro das Relações Exteriores paraguaio se mostrou convencido de que ambos organismos vão se esforçar para que se possa alcançar um acordo e avaliou positivamente o papel da Espanha no processo do negociação, agradecendo seu "apoio" e "interesse".

Por sua vez, o ministro espanhol considerou que este acordo será fechado provavelmente depois que a UE firmar o Acordo Transatlântico de Comércio e Investimento (TTIP) com os EUA.

"Se houver um atraso nas negociações com os Estados Unidos, eu temo que possa haver um atraso nas negociações com Mercosul, o que seria uma péssima notícia", lamentou o ministro.

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