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Paraguai declara estado de exceção em dois departamentos

Objetivo da medida é combater um grupo armado que atua na região

A região de San Pedro, um dos departamentos em estado de exceção  (Judas Priest88/Wikimedia Commons)

A região de San Pedro, um dos departamentos em estado de exceção (Judas Priest88/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2011 às 14h03.

Assunção- O governo do Paraguai decretou nesta segunda-feira estado de exceção em dois departamentos do país, Concepción e San Pedro, com o objetivo de combater um pequeno grupo armado que opera nestas localidades.

A medida já havia sido aprovada pelo Congresso na semana passada. O ministro paraguaio de Interior, Carlos Filizzola, disse que a medida foi ratificada pelo presidente Fernando Lugo.

Em declarações à imprensa após uma reunião com o governante, Filizzola disse que forças militares e policiais atuarão na região e que o estado de exceção durará 60 dias. A medida restringe liberdades públicas e autoriza o presidente a ordenar detenções,

'A Polícia Nacional é a encarregada da segurança interna, mas quando há estado de exceção o exército pode atuar', afirmou Filizzola.

Na semana passada, a Câmara dos Deputados completou o processo legislativo para aprovar a medida, que na Constituição de 1992 substituiu o estado de sítio da época da ditadura do general Alfredo Stroessner (1954-1989).

O estado de exceção foi declarado depois de um novo incidente registrado em Horqueta, a 450 quilômetros de Assunção, no mesmo posto policial atacado há quatro semanas supostamente pelo Exército do Povo Paraguaio (EPP), ocasião na qual morreram dois agentes.

O EPP opera com esse nome desde 2008 em Concepción e San Pedro e conta com cerca de dez membros. A Promotoria paraguaia afirma que eles foram treinados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

As autoridades atribuem a essa organização de esquerda famosos casos de sequestro e de outros assassinatos de policiais, assim como ataques a estabelecimentos agrícolas e instalação de artefatos explosivos em instituições do Estado.

Esses atos já tinham motivado, em abril de 2010, outra medida similar declarada em cinco departamentos do país. Os líderes da organização, no entanto, não foram detidos na ocasião.

lb/dk

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