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Papa responde carta de trabalhador petroleiro preso

Os condenados clamam inocência, e várias organizações políticas e humanitárias reivindicam a revisão da sentença

Papa Francisco: "Garanto que a sua vida não é indiferente para mim, e farei o que puder no que me peça", disse o pontífice ao condenado (Alessandro Bianchi/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 16h15.

Buenos Aires - O papa Francisco respondeu a carta enviada por um dos quatro trabalhadores petroleiros condenados à prisão perpétua pela morte de um policial na Argentina, e expressou sua "proximidade" pelo caso.

"Recebi sua carta e agradeço de coração que tenha me escrito. Eu entendo o que você me diz, e quero expressar a segurança de minha proximidade neste momento que está vivendo. Garanto que a sua vida não é indiferente para mim, e farei o que puder no que me peça", respondeu o pontífice em sua carta ao petroleiro preso Ramón Cortés.

Em 12 de dezembro do ano passado, o Tribunal Oral Criminal de Caleta Olivia condenou quatro petroleiros a prisão perpétua pela morte em 7 de fevereiro de 2006 do policial Jorge Sagayo.

O fato ocorreu durante uma intensa manifestação contra a contratação indireta de trabalhadores e o imposto cobrado sobre os salários. A morte do policial pôs fim a uma greve iniciada um mês antes.

Outros cinco acusados também foram condenados com a pena de cinco anos de prisão por coação agravada. No entanto, a defesa dos petroleiros denunciou que o processo judicial aconteceu de maneira irregular com provas "armadas" pela polícia local.

Os condenados clamam inocência, e várias organizações políticas e humanitárias reivindicam a revisão da sentença.

"Peço, por favor, que ore por mim. Eu faço (o mesmo) por você e sua família. Que Jesus abençoe e que a Virgem Santa cuide", acrescentou Francisco em sua breve carta, cujo conteúdo foi divulgado nesta sexta-feira pela organização humanitária La Alameda, que apoia os trabalhadores presos.

Cortés, pai de cinco filhos e oriundo da cidade de Las Heras, na província argentina de Santa Cruz, escreveu há algumas semanas para o papa contando do o caso e pedindo ajuda.

"Eu sou muito humilde e não quero pagar o preço do erro dos outros. É por isso que eu peço que você me dê a mão para sair desse tormento, dando-me sua ajudar e sua bênção para poder seguir vivendo junto com minha família. Ajuda-me, por Deus eu peço...", escreveu Ramón Cortés em uma dos trechos da carta.

Segundo comunicado de La Alameda, o padre de Las Heras, Luis Bicego, denunciou a "injusta condenação, e alertou que os trabalhadores foram torturados durante na prisão para forçá-los a se responsabilizar por um crime que jamais cometeram".

No início deste mês, organizações sociais, políticas e humanitárias se mobilizaram em Buenos Aires para reivindicar a absolvição dos nove trabalhadores petroleiros condenados.

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Buenos Aires - O papa Francisco respondeu a carta enviada por um dos quatro trabalhadores petroleiros condenados à prisão perpétua pela morte de um policial na Argentina, e expressou sua "proximidade" pelo caso.

"Recebi sua carta e agradeço de coração que tenha me escrito. Eu entendo o que você me diz, e quero expressar a segurança de minha proximidade neste momento que está vivendo. Garanto que a sua vida não é indiferente para mim, e farei o que puder no que me peça", respondeu o pontífice em sua carta ao petroleiro preso Ramón Cortés.

Em 12 de dezembro do ano passado, o Tribunal Oral Criminal de Caleta Olivia condenou quatro petroleiros a prisão perpétua pela morte em 7 de fevereiro de 2006 do policial Jorge Sagayo.

O fato ocorreu durante uma intensa manifestação contra a contratação indireta de trabalhadores e o imposto cobrado sobre os salários. A morte do policial pôs fim a uma greve iniciada um mês antes.

Outros cinco acusados também foram condenados com a pena de cinco anos de prisão por coação agravada. No entanto, a defesa dos petroleiros denunciou que o processo judicial aconteceu de maneira irregular com provas "armadas" pela polícia local.

Os condenados clamam inocência, e várias organizações políticas e humanitárias reivindicam a revisão da sentença.

"Peço, por favor, que ore por mim. Eu faço (o mesmo) por você e sua família. Que Jesus abençoe e que a Virgem Santa cuide", acrescentou Francisco em sua breve carta, cujo conteúdo foi divulgado nesta sexta-feira pela organização humanitária La Alameda, que apoia os trabalhadores presos.

Cortés, pai de cinco filhos e oriundo da cidade de Las Heras, na província argentina de Santa Cruz, escreveu há algumas semanas para o papa contando do o caso e pedindo ajuda.

"Eu sou muito humilde e não quero pagar o preço do erro dos outros. É por isso que eu peço que você me dê a mão para sair desse tormento, dando-me sua ajudar e sua bênção para poder seguir vivendo junto com minha família. Ajuda-me, por Deus eu peço...", escreveu Ramón Cortés em uma dos trechos da carta.

Segundo comunicado de La Alameda, o padre de Las Heras, Luis Bicego, denunciou a "injusta condenação, e alertou que os trabalhadores foram torturados durante na prisão para forçá-los a se responsabilizar por um crime que jamais cometeram".

No início deste mês, organizações sociais, políticas e humanitárias se mobilizaram em Buenos Aires para reivindicar a absolvição dos nove trabalhadores petroleiros condenados.

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