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Papa pede ajuda a refugiados e fim da violência na Síria

Perante mais de 150 mil pessoas, o papa repassou a situação no mundo e afirmou que a ressurreição de Cristo devolve ao homem toda sua dignidade

O pontífice fez o pedido na audiência geral semanal na presença de 20.000 fiéis na praça de São Pedro
 (Johannes Eisele/AFP)

O pontífice fez o pedido na audiência geral semanal na presença de 20.000 fiéis na praça de São Pedro (Johannes Eisele/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2012 às 14h22.

Cidade do Vaticano - O papa Bento XVI fez neste domingo um apelo em prol do fim do derramamento de sangue na Síria e pela busca 'sem demora do caminho do respeito, do diálogo e da reconciliação', e pediu ajuda aos refugiados que fogem da violência no país árabe.

Perante mais de 150 mil pessoas que lotaram em uma manhã ensolarada, embora com algumas nuvens, a praça de São Pedro, o papa pronunciou a Mensagem Pascal, na qual repassou a situação no mundo e afirmou que a ressurreição de Cristo devolve ao homem toda sua dignidade.

Bento XVI ressaltou que a ressurreição testemunha a vitória da vida sobre a morte, do amor sobre o ódio e da misericórdia sobre a vingança, e declarou que neste mundo a esperança 'tem que ajustar contas' com a dureza do mal.

'Que Cristo ressuscitado conceda esperança ao Oriente Médio, para que todos os componentes étnicos, culturais e religiosos dessa região colaborem em favor do bem comum e do respeito aos direitos humanos', afirmou o papa ao lembrar de situações de conflito em todo o mundo.

O papa deu atenção especial à Síria, pela qual ora 'para que cesse o derramamento de sangue e comece sem demora o caminho do respeito, do diálogo e da reconciliação, como deseja também a comunidade internacional'.

O pontífice, que dentro de poucos dias completará 85 anos, exortou a comunidade internacional a 'acolher e a prestar a assistência necessária' aos inúmeros refugiados provenientes desse país, 'para que aliviem seus penosos sofrimentos'.

Com o olhar no Oriente Médio, ele também encorajou o povo iraquiano a não poupar nenhum esforço para avançar no caminho da estabilidade e do desenvolvimento. Além disso, pediu que na Terra Santa israelenses e palestinos busquem o processo de paz.

Após o Oriente Médio, Bento XVI citou a África, destacando a situação em Mali, 'que atravessa um momento político delicado', e pediu paz e estabilidade para esse país africano.

O papa reservou palavras de incentivo às comunidades cristãs que sofrem perseguições e discriminações por causa da fé, como na Nigéria, 'cenário nos últimos tempos de sangrentos atentados terroristas'.

'Que a alegria pascal lhes dê as energias necessárias para recomeçar a construir uma sociedade pacífica e respeitosa à liberdade religiosa de seus cidadãos', afirmou.

O pontífice pediu a Cristo que conforte as comunidades do Chifre da África e favoreça sua reconciliação; que ajude a região dos Grandes Lagos, ao Sudão e ao Sudão do Sul, concedendo a seus respectivos habitantes a força do perdão.

Bento XVI exortou as comunidades cristãs da África a enfrentar com esperança as dificuldades e a serem agentes de paz e artífices do desenvolvimento das sociedades às quais pertencem.

O papa denunciou ainda as discriminações, perseguições, sofrimentos e injustiça que sofrem os cristãos em muitas partes do mundo. Concluindo a mensagem, o papa concedeu a bênção 'Urbi et Orbi' (à cidade de Roma e a todo o mundo) em 65 idiomas. Em português, o papa desejou 'uma Páscoa feliz com Cristo Ressuscitado'.

Antes da mensagem pascal, Bento XVI oficiou a Missa da Ressurreição na praça vaticana, enfeitada com 45 mil flores procedentes da Holanda, predominantemente nas cores amarela e branca - as mesmas do Vaticano.

A Mensagem Pascal pôs fim aos ritos da Semana Santa. O papa deve passar a segunda-feira de Páscoa, que é de festa no Vaticano e na Itália, no Palácio Apostólico de Castelgandolfo, a cerca de 30 quilômetros ao sul de Roma. EFE

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