Papa Francisco diz querer ser lembrado como "uma boa pessoa"
Em entrevista, o Pontífice contou falou sobre o que o emociona, seus medos e anseios
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2015 às 16h16.
Buenos Aires - O papa Francisco disse em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal argentino "La Voz del Pueblo" ser um "andarilho", confessou que se comove com os dramas humanos e que é "covarde" perante a dor física, além de desejar ser lembrado como "uma boa pessoa".
Francisco disse que "nunca sonhou em ser papa, nem sequer quando em 2013, após a renúncia de Bento XVI, viajou para Roma para participar do conclave".
"Por mim não seria nomeado. Nas casas de apostas de Londres estava no número 46. Eu também não pensava em mim, isso nem passava pela meu pensamento", disse.
O papa disse que desfruta das audiências de quarta-feira no Vaticano porque as pessoas lhe "fazem bem" e acredita que isso se deve ao fato de ele ser "concreto" quando manda suas mensagens.
Embora viva na residência Santa Marta para estar em contato com as pessoas, admite que anseia sair às ruas, como fazia em Buenos Aires.
"Isso sim, gostaria de ter a tranquilidade de caminhar pelas ruas. Ou ir a uma pizzaria", disse.
"Eu sempre fui andarilho. A cidade me encanta, sou cidadão de alma. No campo não poderia viver", insiste.
Francisco disse que se comove "profundamente" com os dramas humanos, como os das crianças doentes e os das pessoas privadas de sua liberdade.
No entanto, contou que não chora em público, embora tenha lembrado que uma vez quase não aguentou ao ter falar da perseguição aos cristãos no Iraque.
O papa confessou que não tem medos, porém não suporta dor física.
"A dor moral eu aguento, mas a física, não. Sou muito covarde com isso, não é que tenha medo de uma injeção, mas prefiro não ter problemas com a dor física", disse.
Por fim, o papa disse que às vezes suas palavras são tiradas de contexto, que não vê televisão desde 1990, não navega pela internet e só lê apenas um jornal por dia, "La Repubblica".
O papa se queixou que às vezes tiram do contexto suas palavras. Não vê televisão desde 1990, não navega pela internet e só lê um jornal por dia, "La República".
Francisco sequer vê futebol para acompanhar seu San Lorenzo. Sobre os resultados, é informado semanalmente por um guarda suíço que lhe informa sobre como o clube portenho está na classificação do Campeonato Argentino. EFE
Buenos Aires - O papa Francisco disse em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal argentino "La Voz del Pueblo" ser um "andarilho", confessou que se comove com os dramas humanos e que é "covarde" perante a dor física, além de desejar ser lembrado como "uma boa pessoa".
Francisco disse que "nunca sonhou em ser papa, nem sequer quando em 2013, após a renúncia de Bento XVI, viajou para Roma para participar do conclave".
"Por mim não seria nomeado. Nas casas de apostas de Londres estava no número 46. Eu também não pensava em mim, isso nem passava pela meu pensamento", disse.
O papa disse que desfruta das audiências de quarta-feira no Vaticano porque as pessoas lhe "fazem bem" e acredita que isso se deve ao fato de ele ser "concreto" quando manda suas mensagens.
Embora viva na residência Santa Marta para estar em contato com as pessoas, admite que anseia sair às ruas, como fazia em Buenos Aires.
"Isso sim, gostaria de ter a tranquilidade de caminhar pelas ruas. Ou ir a uma pizzaria", disse.
"Eu sempre fui andarilho. A cidade me encanta, sou cidadão de alma. No campo não poderia viver", insiste.
Francisco disse que se comove "profundamente" com os dramas humanos, como os das crianças doentes e os das pessoas privadas de sua liberdade.
No entanto, contou que não chora em público, embora tenha lembrado que uma vez quase não aguentou ao ter falar da perseguição aos cristãos no Iraque.
O papa confessou que não tem medos, porém não suporta dor física.
"A dor moral eu aguento, mas a física, não. Sou muito covarde com isso, não é que tenha medo de uma injeção, mas prefiro não ter problemas com a dor física", disse.
Por fim, o papa disse que às vezes suas palavras são tiradas de contexto, que não vê televisão desde 1990, não navega pela internet e só lê apenas um jornal por dia, "La Repubblica".
O papa se queixou que às vezes tiram do contexto suas palavras. Não vê televisão desde 1990, não navega pela internet e só lê um jornal por dia, "La República".
Francisco sequer vê futebol para acompanhar seu San Lorenzo. Sobre os resultados, é informado semanalmente por um guarda suíço que lhe informa sobre como o clube portenho está na classificação do Campeonato Argentino. EFE