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Palestinos se preparam para dia histórico na ONU

Mansour disse que até o momento o projeto de resolução que começou a circular nesta segunda-feira nos corredores da ONU será copatrocinado por ''pelo menos 60 países''

Logotipo da ONU: A Assembleia Geral votará uma proposta para mudar o status da delegação palestina na ONU (Mike Segar/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 18h59.

Nações Unidas - O povo palestino se prepara para um dia ''histórico'' nesta quinta-feira quando a Assembleia Geral das Nações Unidas votará uma resolução que pode outorgar seu reconhecimento como Estado-observador.

''O que vamos fazer é honorável, é legal, é multilateral e é democrático: vir à capital do multilateralismo convencer o maior número de países possíveis para que votem a favor. E o resultado deve ser respeitado por todos'', afirmou hoje em entrevista coletiva o representante palestino na ONU , Riad Mansour.

A Assembleia Geral votará uma proposta para mudar o status da delegação palestina na ONU, que, se for aprovada, passaria de ''entidade observadora'' a ''Estado-observador não-membro'', para o que não se requer a aceitação do Conselho de Segurança, mas apenas o ''sim'' da Assembleia Geral.

Mansour disse que até o momento o projeto de resolução que começou a circular nesta segunda-feira nos corredores da ONU será copatrocinado por ''pelo menos 60 países'', mas se mostrou confiante que serão ''muitos mais'' uma vez que as delegações enviem a minuta definitiva a suas respectivas capitais.

''Será um momento histórico na história do povo palestino e na história das Nações Unidas'', indicou o embaixador, acrescentando que depois da votação seguirão trabalhando pela opção dos dois Estados, com capital em Jerusalém Oriental e voltando às fronteiras de 1967.

''Os que estão interessados em salvar a solução de dois Estados deverão estar ao lado da história, ao lado da humanidade, e votar a favor de nossa resolução'', declarou Mansour.


Enquanto isso, perante as ''ameaças'' de alguns países que não mencionou, Mansour disse que o povo palestino ''não deve ser castigado'' porque o que está fazendo, reiterou, é ''legal e honorável''.

''Acho que nossos líderes, liderados pelo presidente Mahmoud Abbas, tentarão fazer todo o possível para resolver este processo e para que no dia seguinte não haja castigos ao povo palestino, mas, se no final acontecer algo negativo, lidaremos com isso da melhor maneira possível'', comentou o embaixador.

O representante palestino espera que se crie o ambiente necessário para sentar e negociar com as autoridades israelenses um acordo que ponha fim à ocupação e permita o estabelecimento de um Estado palestino que conviva em paz e segurança com Israel.

''Não queremos prolongar este conflito, queremos acabar com esta tragédia, mas não somos tolos nem estúpidos'', advertiu Mansour.

''Se eles não se movimentam na mesma direção e rejeitam tudo o que estamos fazendo, então haverá que considerar outras opções para que as cumpram'', respondeu o representante palestino quando lhe perguntaram se contemplam levar a Israel à Corte Internacional de Justiça (CIJ).

Em setembro de 2011, o pedido palestino para que a ONU lhes reconhecesse como um Estado-membro de pleno direito foi bloqueadp no Conselho de Segurança devido à oposição dos Estados Unidos e, por isso, este ano tentam que a Assembleia lhes reconheça como Estado-observador.

Caso o conquiste, a Palestina obteria um status similar ao do Vaticano e teria acesso a várias agências da ONU e a tribunais internacionais como a CIJ, tal como ocorreu o ano passado com seu ingresso na Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

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Nações Unidas - O povo palestino se prepara para um dia ''histórico'' nesta quinta-feira quando a Assembleia Geral das Nações Unidas votará uma resolução que pode outorgar seu reconhecimento como Estado-observador.

''O que vamos fazer é honorável, é legal, é multilateral e é democrático: vir à capital do multilateralismo convencer o maior número de países possíveis para que votem a favor. E o resultado deve ser respeitado por todos'', afirmou hoje em entrevista coletiva o representante palestino na ONU , Riad Mansour.

A Assembleia Geral votará uma proposta para mudar o status da delegação palestina na ONU, que, se for aprovada, passaria de ''entidade observadora'' a ''Estado-observador não-membro'', para o que não se requer a aceitação do Conselho de Segurança, mas apenas o ''sim'' da Assembleia Geral.

Mansour disse que até o momento o projeto de resolução que começou a circular nesta segunda-feira nos corredores da ONU será copatrocinado por ''pelo menos 60 países'', mas se mostrou confiante que serão ''muitos mais'' uma vez que as delegações enviem a minuta definitiva a suas respectivas capitais.

''Será um momento histórico na história do povo palestino e na história das Nações Unidas'', indicou o embaixador, acrescentando que depois da votação seguirão trabalhando pela opção dos dois Estados, com capital em Jerusalém Oriental e voltando às fronteiras de 1967.

''Os que estão interessados em salvar a solução de dois Estados deverão estar ao lado da história, ao lado da humanidade, e votar a favor de nossa resolução'', declarou Mansour.


Enquanto isso, perante as ''ameaças'' de alguns países que não mencionou, Mansour disse que o povo palestino ''não deve ser castigado'' porque o que está fazendo, reiterou, é ''legal e honorável''.

''Acho que nossos líderes, liderados pelo presidente Mahmoud Abbas, tentarão fazer todo o possível para resolver este processo e para que no dia seguinte não haja castigos ao povo palestino, mas, se no final acontecer algo negativo, lidaremos com isso da melhor maneira possível'', comentou o embaixador.

O representante palestino espera que se crie o ambiente necessário para sentar e negociar com as autoridades israelenses um acordo que ponha fim à ocupação e permita o estabelecimento de um Estado palestino que conviva em paz e segurança com Israel.

''Não queremos prolongar este conflito, queremos acabar com esta tragédia, mas não somos tolos nem estúpidos'', advertiu Mansour.

''Se eles não se movimentam na mesma direção e rejeitam tudo o que estamos fazendo, então haverá que considerar outras opções para que as cumpram'', respondeu o representante palestino quando lhe perguntaram se contemplam levar a Israel à Corte Internacional de Justiça (CIJ).

Em setembro de 2011, o pedido palestino para que a ONU lhes reconhecesse como um Estado-membro de pleno direito foi bloqueadp no Conselho de Segurança devido à oposição dos Estados Unidos e, por isso, este ano tentam que a Assembleia lhes reconheça como Estado-observador.

Caso o conquiste, a Palestina obteria um status similar ao do Vaticano e teria acesso a várias agências da ONU e a tribunais internacionais como a CIJ, tal como ocorreu o ano passado com seu ingresso na Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

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