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Palestina exige que Israel aceite fronteiras de 1967

Só assim os palestinos vão comparecer ao encontro preliminar das negociações de paz na próxima terça-feira em Washington


	Saeb Erekat: a delegação palestina, liderada por Saeb Erekat, já reservou as passagens para a capital americana, mas não vai embarcar no avião caso não sejam cumpridas essas condições.
 (Alex Wong/Getty Images)

Saeb Erekat: a delegação palestina, liderada por Saeb Erekat, já reservou as passagens para a capital americana, mas não vai embarcar no avião caso não sejam cumpridas essas condições. (Alex Wong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2013 às 16h20.

Jerusalém - Os palestinos somente vão comparecer ao encontro preliminar das negociações de paz na próxima terça-feira em Washington se Israel aceitar antes a carta-convite dos Estados Unidos, que define as fronteiras de 1967 como o marco do diálogo, e aprovar a libertação de presos palestinos, disseram nesta quinta-feira à Agência Efe fontes da equipe de negociação.

A delegação palestina, liderada por Saeb Erekat, já reservou as passagens para a capital americana, mas não vai embarcar no avião caso não sejam cumpridas essas condições, afirmaram as fontes.

A carta de convite enviada às partes pelo secretário de Estado americano, John Kerry, define que as bases da negociação são as fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, de 1967, reconhecidas pela comunidade internacional como os limites entre Israel e Palestina, mas que o governo de Benjamin Netanyahu não reconhece.

Se Israel não der uma resposta afirmativa à carta antes de terça-feira, os palestinos não participarão da reunião em Washington.

A delegação palestina também exige que o Conselho de Ministros de Israel, que se reúne no próximo domingo, aprove a libertação de cerca de 80 detentos palestinos que foram presos antes da assinatura dos Acordos de Oslo, em 1993. Israel já tinha anunciado a medida, que ainda precisa de aprovação governamental e posteriormente presidencial, como um incentivo ao diálogo.

A possível reunião da próxima terça-feira em Washington, segundo a imprensa israelense, será a primeira negociação direta entre as partes desde setembro de 2010, quando o diálogo durou apenas três semanas. 

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