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Países adotam iniciativa para conter ação de Trump contra aborto

Presidente dos Estados Unidos vetou o fornecimento de informações sobre abortoa de grupos de todo o mundo que recebem financiamento dos EUA

Donald Trump: regra de mordaça global costuma ser usada por presidentes em início de mandato para assinalar suas posições a respeito do aborto (Carlos Barria/Reuters)

Donald Trump: regra de mordaça global costuma ser usada por presidentes em início de mandato para assinalar suas posições a respeito do aborto (Carlos Barria/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 09h45.

Estocolmo - Oito países se uniram a uma iniciativa para arrecadar milhões de dólares e compensar a escassez causada pelo veto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a grupos de todo o mundo que fornecem informações sobre aborto e que recebem financiamento dos EUA, informou a vice-primeira-ministra da Suécia.

Isabella Lovin disse à Reuters que uma conferência será realizada no dia 2 de março em Bruxelas para dar a largada à iniciativa de financiamento, e assim ajudar organizações não governamentais cujos projetos de planejamento familiar podem ser afetados.

Em janeiro a Holanda anunciou o lançamento de um fundo global para ajudar mulheres a terem acesso a serviços de aborto, dizendo que a "regra global de mordaça" de Trump irá provocar uma escassez de financiamento de 600 milhões de dólares nos próximos quatro anos.

Suécia, Dinamarca, Bélgica, Luxemburgo, Finlândia, Canadá e Cabo Verde estão apoiando a ação, disse Lovin.

"(A regra de mordaça) pode ser muito perigosa para muitas mulheres", afirmou a vice-premiê, que neste mês posou para uma foto com sete outras dirigentes assinando um projeto de lei ambiental, o que foi visto como uma resposta a uma foto de Trump assinando a regra de mordaça na Casa Branca com cinco assessores, todos homens.

A regra de mordaça global, que afeta ONGs que atuam no exterior, costuma ser usada por presidentes em início de mandato para assinalar suas posições a respeito dos direitos ligados ao aborto, e foi criada na presidência de Ronald Reagan em 1984.

Trump assinou o decreto em uma cerimônia na Casa Branca em seu quarto dia no cargo. Barack Obama havia suspendido a medida ao tomar posse em 2009.

"Se as mulheres não tiverem controle sobre seus corpos e seu próprio destino, isso pode ter consequências muito sérias para os objetivos globais de igualdade de gênero e erradicação da pobreza global", afirmou Lovin.

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