Pais de decapitado consideram inevitável negociar com o EI
Os pais do jornalista americano James Foley disseram que os EUA e outros países precisarão negociar com jihadistas se quiserem salvar reféns
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2014 às 14h08.
Paris - Os pais do jornalista americano James Foley afirmaram nesta sexta-feira que os Estados Unidos e os outros países que têm cidadãos em poder do grupo Estado Islâmico (EI) precisarão negociar com os jihadistas se quiserem salvar seus cidadãos.
"No fim das contas, acredito que teremos que negociar. Esta situação não vai se solucionar com intervenções militares, portanto, cedo ou tarde, será preciso falar", declarou à emissora francesa Europa 1 John Foley, pai do jornalista decapitado em agosto pelo EI.
"Evidentemente, tudo isso deve levar nosso país e outros países a reexaminar as políticas que são aplicadas em matéria de negociação, especialmente com os terroristas", considerou a mãe do refém assassinado, Diana Foley, na mesma entrevista.
O casal respondia a perguntas sobre a maneira como os Estados Unidos podem tentar salvar outro refém americano, Peter Kassig, que os jihadistas ameaçam executar.
Washington sempre se negou a pagar resgates para obter a libertação de reféns, e Diane Foley afirmou no mês passado que teve a impressão de que os esforços da família para salvar seu filho foram encarados como um incômodo pelas autoridades americanas.
"Acredito que nosso governo fez o que pôde para encontrar um meio de libertar nosso filho", afirmou nesta sexta-feira Diane Foley.
John Foley considerou que é difícil saber se o pagamento de um resgate teria permitido salvar seu filho, mas estimou que "de qualquer forma não custava nada negociar, tentar iniciar negociações" com o EI.
"Essa gente precisa ser compreendida (...) Acredito que devemos falar com eles, devemos estudá-los", disse sua esposa.
Sequestrado em novembro de 2012 no norte da Síria, James Foley cobriu a rebelião contra o regime de Bashar al-Assad para o grupo de imprensa americano GlobalPost, para a Agence France-Presse (AFP) e para outros meios de comunicação.
Foi o primeiro refém ocidental decapitado pelo grupo jihadista, em 19 de agosto.
Os pais de James Foley estão na França para participar de uma homenagem ao seu filho e a outros jornalistas mortos nos últimos meses em zonas de conflito, por ocasião da entrega do Prêmio Bayeux de correspondentes de guerra.
Paris - Os pais do jornalista americano James Foley afirmaram nesta sexta-feira que os Estados Unidos e os outros países que têm cidadãos em poder do grupo Estado Islâmico (EI) precisarão negociar com os jihadistas se quiserem salvar seus cidadãos.
"No fim das contas, acredito que teremos que negociar. Esta situação não vai se solucionar com intervenções militares, portanto, cedo ou tarde, será preciso falar", declarou à emissora francesa Europa 1 John Foley, pai do jornalista decapitado em agosto pelo EI.
"Evidentemente, tudo isso deve levar nosso país e outros países a reexaminar as políticas que são aplicadas em matéria de negociação, especialmente com os terroristas", considerou a mãe do refém assassinado, Diana Foley, na mesma entrevista.
O casal respondia a perguntas sobre a maneira como os Estados Unidos podem tentar salvar outro refém americano, Peter Kassig, que os jihadistas ameaçam executar.
Washington sempre se negou a pagar resgates para obter a libertação de reféns, e Diane Foley afirmou no mês passado que teve a impressão de que os esforços da família para salvar seu filho foram encarados como um incômodo pelas autoridades americanas.
"Acredito que nosso governo fez o que pôde para encontrar um meio de libertar nosso filho", afirmou nesta sexta-feira Diane Foley.
John Foley considerou que é difícil saber se o pagamento de um resgate teria permitido salvar seu filho, mas estimou que "de qualquer forma não custava nada negociar, tentar iniciar negociações" com o EI.
"Essa gente precisa ser compreendida (...) Acredito que devemos falar com eles, devemos estudá-los", disse sua esposa.
Sequestrado em novembro de 2012 no norte da Síria, James Foley cobriu a rebelião contra o regime de Bashar al-Assad para o grupo de imprensa americano GlobalPost, para a Agence France-Presse (AFP) e para outros meios de comunicação.
Foi o primeiro refém ocidental decapitado pelo grupo jihadista, em 19 de agosto.
Os pais de James Foley estão na França para participar de uma homenagem ao seu filho e a outros jornalistas mortos nos últimos meses em zonas de conflito, por ocasião da entrega do Prêmio Bayeux de correspondentes de guerra.