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Painel da ONU culpa potências por situação na Síria

Em novo relatório, os especialistas em direitos humanos identificaram mais de 40% de detenção administrados pelo governo com casos de tortura


	Moradores da cidade de Alepo, após um ataque aéreo: especialistas disseram também que ataques a áreas civis estão causando mortes, desnutrição e fome em massa
 (Fadi al-Halabi/AFP)

Moradores da cidade de Alepo, após um ataque aéreo: especialistas disseram também que ataques a áreas civis estão causando mortes, desnutrição e fome em massa (Fadi al-Halabi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2014 às 13h41.

Genebra - Um painel de investigadores das Nações Unidas (ONU) disse nesta quarta-feira que as potências mundiais também são culpadas pelas atrocidades na Síria por causa da sua inércia.

Em novo relatório, os especialistas em direitos humanos identificaram mais de 40 centros de detenção administrados pelo governo com casos de tortura documentados e disseram que ataques e cercos a áreas civis na Síria por forças pró-governo estão causando mortes, desnutrição e fome em massa. Eles apontaram ainda que os rebeldes também cometeram crimes de guerra, incluindo assassinato, execuções, tortura, tomada de reféns, desaparecimentos forçados, estupro e uso de crianças como soldados.

Os principais aliados da Síria, Rússia e China, têm bloqueado repetidamente propostas do Ocidente ao Conselho de Segurança, braço mais poderoso da ONU. "Tal inércia deu espaço para a proliferação de atores na Síria, cada um seguindo a sua própria agenda e contribuindo para a radicalização e escalada de violência", salientou o relatório. "O Conselho de Segurança carrega essa responsabilidade."

O relatório recomendou que os países com influência na Síria, particularmente os membros permanentes do Conselho de Segurança, exerçam mais pressão "para

acabar com a violência e para iniciar negociações inclusivas para um processo de transição política sustentável no país" e pressionem para que o conflito seja julgado no Tribunal Penal Internacional em Haia, na Holanda. Fonte: Associated Press.

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