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Pai de menino sírio afogado pede que mundo abra suas portas

A imagem do menino morto na margem levou as nações europeias a buscar urgentemente uma resposta à crise dos refugiados


	Aylan al-Kurdi e seu pai: seu filho morreu na viagem desesperada que a família empreendeu da Turquia à Grécia em um bote inflável
 (REUTERS)

Aylan al-Kurdi e seu pai: seu filho morreu na viagem desesperada que a família empreendeu da Turquia à Grécia em um bote inflável (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2015 às 10h11.

O pai do menino de 3 anos Aylan Kurdi, cujo corpo sem vida jazendo em uma praia da Turquia se converteu em símbolo do drama dos refugiados, pediu ao mundo que abra suas portas aos que fogem da guerra.

Abdullah Kurdi protagoniza neste ano a mensagem de Natal alternativa do canal de televisão britânico Channel 4, e nela fez este pedido, segundo a transcrição divulgada com antecedência.

Seu filho morreu na viagem desesperada que a família empreendeu da Turquia à Grécia em um bote inflável.

A imagem do menino morto na margem levou as nações europeias a buscar urgentemente uma resposta à crise dos refugiados.

"Minha mensagem é que eu gostaria que todos abrissem suas portas aos sírios. Quando uma pessoa tem uma porta fechada na cara, é muito difícil", afirmou Kurdi na mensagem.

Por sua vez, "quando uma porta é aberta não se sentem mais humilhadas", afirmou.

A mãe de Aylan, Rihana, e seu irmão Ghaleb, de 4 anos, também morreram no mesmo naufrágio.

Todos foram enterrados dias depois da tragédia na cidade síria de Kobane, uma das mais castigadas por quase cinco anos de guerra civil na Síria.

"Nesta época do ano gostaria de pedir a todos vocês que pensem na dor dos pais, mães e crianças que buscam a paz e a segurança", afirma Kurdi.

"Só pedimos um pouco de simpatia de sua parte", apela o pai.

Mais de um milhão de imigrantes e refugiados chegaram à Europa neste ano, incluindo mais de 970.000 que fizeram a perigosa viagem através do Mediterrâneo, revelou a agência de refugiados da ONU na terça-feira. Cerca da metade eram sírios.

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