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Página de suspeito de Boston venera islã e causa chechena

Dzhokhar Tsarnaev teria postado links para sites islâmicos e outros que defendem a independência chechena em sua página da rede social VK

Imagem feita em São Petersburgo no que parece ser a página na rede social Vkontakte, em língua russa, de Dzhokhar Tsarnaev, suspeito de provocar o atentado a bomba na Maratona de Boston (Alexander Demianchuk/Reuters)

Imagem feita em São Petersburgo no que parece ser a página na rede social Vkontakte, em língua russa, de Dzhokhar Tsarnaev, suspeito de provocar o atentado a bomba na Maratona de Boston (Alexander Demianchuk/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2013 às 11h25.

O suspeito pelo atentado a bomba em Boston Dzhokhar Tsarnaev postou links para sites islâmicos e outros que defendem a independência chechena, no que parece ser a página dele numa rede social em russo.

Comentários abusivos em russo e em inglês inundaram a página de Tsarnaev no VK, um site de relacionamento em língua russa, nesta sexta-feira, após ele ter sido identificado como um dos suspeitos no atentado da Maratona de Boston.

A polícia lançou uma caçada humana a Tsarnaev, de 19 anos, depois de matar o irmão mais velho dele, Tamerlan Tsarnaev, em uma troca de tiros durante a noite num subúrbio de Boston.

No site, o irmão mais jovem se identifica como graduando de 2011 em uma escola pública de Cambridge, no Massachusetts.

A página diz que ele cursou a escola primária em Makhachkala, capital do Daguestão, uma província russa que faz fronteira com a Chechênia, e lista seus idiomas como inglês, russo e checheno.

Sua "visão de mundo" é listada como "islã" e sua "prioridade pessoal" é "carreira e dinheiro".

Ele postou links para vídeos de combatentes na guerra civil da Síria e para sites islâmicos, e também para páginas que defendem a independência da Chechênia, uma região da Rússia que foi derrotada em sua luta pela independência em duas guerras na década de 1990.

A página do suspeito também revela um senso de humor em torno de sua própria identidade como membro de uma minoria rebelde do Cáucaso, área no sul da Rússia que inclui a Chechênia, o Daguestão, a Inguchétia e outras regiões predominantemente muçulmanas que vive há duas décadas sob clima de conflito, desde a queda da União Soviética.

Ele postou a seguinte piada: "Um carro passa com um cara da Chechênia, um do Daguestão e outro da Inguchétia dentro. Pergunta: Quem está dirigindo?" Resposta: a polícia.

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