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Otan pede novamente à Turquia para retirar veto à candidatura da Suécia

Turquia e Hungria são os únicos entre os 31 países membros da Otan que ainda não ratificaram a adesão da Suécia à aliança

O secretário-geral da Otan: Jens Stoltenberg. (Omar Havana/Getty Images)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 4 de junho de 2023 às 13h02.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, fez um apelo neste domingo ao presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, para que retire o veto à candidatura da Suécia à aliança militar, alegando que Estocolmo cumpriu as exigências de Ancara.

A Turquia bloqueia há 13 meses a entrada da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), por considerar o país muito benevolente com os ativistas curdos que abriga em seu território, pessoas que Ancara classifica como "terroristas".

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"A Suécia adotou medidas concretas e significativas para responder às preocupações da Turquia", disse Stoltenberg à imprensa antes de uma reunião com Erdogan, que tomou posse no sábado para o terceiro mandato presidencial, que vai até 2028.

O norueguês Stoltenberg enfatizou que chegou o "momento" de confirmar a adesão sueca, antes da reunião de cúpula da aliança atlântica programada para os dias 11 e 12 de julho na Lituânia.

"O acesso da Suécia à Otan reforçará sua segurança, mas também tornará a Turquia mais forte", acrescentou Stoltenberg, que espera "finalizar a adesão da Suécia o mais rápido possível".

Reunião com Erdogan

A reunião com Erdogan, no Palácio Dolmabahçe em Istambul, foi "produtiva", de acordo com Stoltenberg. O encontro teve a presença do novo ministro das Relações Exteriores e ex-diretor do serviço secreto turco, Hakan Fidan.

Turquia e Hungria são os únicos entre os 31 países membros da Otan que ainda não ratificaram a adesão da Suécia à aliança.

A Suécia tinha o objetivo de entrar para a Otan ao mesmo tempo que a Finlândia, que se tornou o 31º membro da organização em 4 de abril.

Com a invasão da Ucrânia por parte das tropas russas, os dois países nórdicos decidiram abandonar a tradicional posição de neutralidade, preocupados com a segurança.

Em resposta a uma exigência de Ancara, o Parlamento sueco aprovou recentemente uma nova lei que proíbe, desde 1º de junho, atividades vinculadas a grupos extremistas, o que reforçou a legislação antiterrorista do país.

O chanceler sueco Tobias Billström destacou na ocasião que o país cumpre "todas as condições" para que as últimas objeções à entrada do país na Otan sejam retiradas.

"A Suécia cumpriu com suas obrigações", insistiu o secretário-geral da Otan, que compareceu à cerimônia de posse de Erdogan ao lado de dezenas de líderes de todo o mundo.

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