Mundo

Otan defende reação firme contra Síria por armas químicas

Secretário-geral da organização defendeu resposta "firme" da comunidade internacional ao uso de armas químicas na Síria

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen: "necessitamos de uma resposta internacional firme para evitar que estes ataques se repitam no futuro", disse (Francois Lenoir/Reuters)

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen: "necessitamos de uma resposta internacional firme para evitar que estes ataques se repitam no futuro", disse (Francois Lenoir/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2013 às 11h41.

Bruxelas - O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, defendeu nesta segunda-feira uma resposta "firme" da comunidade internacional ao uso de armas químicas na Síria, embora descartou participar de uma intervenção militar neste país, uma decisão que "deverá ser tomada pelos países individualmente".

"Ainda não foi tomada uma decisão, os aliados mantêm consultas entre eles, mas acho que há um acordo de que necessitamos uma resposta internacional firme para evitar que estes ataques se repitam no futuro. Seria um sinal muito perigoso para os ditadores de todo o mundo se nos mantivéssemos de fora", disse o ex-primeiro-ministro dinamarquês em entrevista coletiva.

"A Otan já está fazendo sua parte como fórum de consulta e com o desdobramento de mísseis Patriot na fronteira da Turquia com a Síria", afirmou.

"Não prevejo nenhum papel que vá além disso por parte da Otan, corresponde aos países reagirem ao que se passou na Síria", disse Rasmussen.

O secretário-geral acrescentou que como ex-primeiro-ministro da Dinamarca entende plenamente e apoia as decisões individuais dos aliados.

Rasmussen afirmou que caso se opte por uma intervenção militar, esta deveria ser "curta, pontual e com objetivos claros" e "não se necessita da estrutura de comando e controle da Otan para uma operação assim".


O secretário-geral considerou que o objetivo de qualquer reação deve ser "enviar uma mensagem muito clara, não só para o regime de Damasco, mas também para outros".

Rasmussen afirmou que está convencido de que o regime de Bashar al-Assad é o responsável pelos ataques químicos "pelo modo como foram realizados".

Ao mesmo tempo ressaltou a necessidade de que, em qualquer caso, também se trabalhe a favor de uma solução política.

"Quero ressaltar que não vejo como uma ação militar no conflito da Síria seja sustentável a longo prazo, acho que é necessária uma resposta firme, mas também é necessário um processo político para resolver os problemas", opinou o secretário-geral da Otan.

Até o ataque com armas químicas registrado em 21 de agosto nos arredores de Damasco que causou a morte de perto de mil e meio de pessoas e desencadeou a rejeição da comunidade internacional, a Otan tinha se mostrado contrária a uma intervenção militar na Síria.

"A posição da Otan é clara, o ataque com armas químicas que aconteceu em 21 de agosto nos arredores de Damasco foi terrível e indesculpável", disse Rasmussen.

"A razão pela qual estão proibidas é que são terríveis e bárbaras, não têm lugar no século 21. Os aliados da Otan consideram o uso das armas químicas uma ameaça para a segurança internacional", finalizou.

*Matéria atualizada às 11h41

Acompanhe tudo sobre:ArmasÁsiaBashar al-AssadDinamarcaEuropaOtanPaíses ricosPolíticosSíriaTurquia

Mais de Mundo

Como a província chinesa de Fujian resolveu problemas de produção escassa de alimentos

Comunidade empresarial chinesa faz apelo aos EUA para cancelarem medidas de tarifas sobre produtos

Netanyahu nega propostas para governo civil palestino em Gaza

EUA afirma que China 'não pode ter' Rússia e Ocidente simultaneamente

Mais na Exame