Os países que mais consomem maconha em todo o mundo
O Canadá legalizou o uso recreativo da maconha nesta quarta-feira. Veja aqui um panorama do consumo da substância no mundo
Gabriela Ruic
Publicado em 17 de outubro de 2018 às 13h15.
Última atualização em 17 de outubro de 2018 às 15h35.
São Paulo – O Canadá legalizou o uso recreativo da maconha, se tornando nesta quarta-feira, 17 de outubro, o primeiro país desenvolvido a fazer isso e o segundo em todo o mundo, atrás do Uruguai , que o fez em 2013. A decisão canadense, promessa de campanha do primeiro-ministro Justin Trudeau, vem após dois anos de discussão.
Segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), que conduz levantamentos abrangentes sobre o consumo de drogas em todo o mundo, 3,8% da população mundial consumiu maconha em 2014 (dado mais recente sobre o tema em escala global). De acordo com a entidade, essa percentagem é 27% mais alta do que o observado em 1998, mas é vista como estável em razão do crescimento populacional observado nas últimas décadas.
O estudo mais recente publicado pela UNODC, o “World Drug Report”, foi divulgado em 2016 e traz dados de 2014. Com base nos dados da pesquisa, o jornal britânico The Telegraph montou um ranking que mostra em quais países o consumo de maconha é mais prevalente na população.
Contrariando o senso comum, os países do mundo que legalizaram o uso recreativo da substância, Uruguai e Canadá, não ocupam o topo desse ranking. Nele estão a Islândia, onde a droga é proibida, os Estados Unidos, onde vários estados legalizaram o consumo para fins medicinais ou recreativos, e a Nigéria, país no qual o tema está em debate em razão das eleições presidenciais de 2019.
Veja a lista abaixo e, em seguida, confira o panorama do consumo em um mapa:
Os países que mais consomem maconha (em porcentagem da população)
- Islândia - 18,3%
- Estados Unidos - 16,3%
- Nigéria - 14,3%
- Canadá - 12,7%
- Chile - 11,83%
- França - 11,1%
- Nova Zelândia - 11%
- Bermuda - 10,9%
- Austrália - 10,2%
- Zâmbia - 9,5%
Entre os países sul-americanos, apenas Chile e Uruguai constam entre os maiores consumidores e o Brasil está bem atrás. Segundo a base de dados da UNODC, em 2016, 2,6% da população brasileira consumiu a substância. Por aqui, consumo, porte e comercialização são ilegais, embora exista alguma flexibilização para o uso terapêutico de canabidiol, um dos principais elementos ativos da maconha.