Os diferentes grupos armados que controlam o norte de Mali
Entre os grupos guerrilheiros, há islamitas e traficantes de drogas
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2012 às 23h49.
Bamaco - O norte de Mali , uma vasta região em sua maioria desértica, berço dos tuaregues que reclamam direitos sobre ela, é controlado por vários grupos armados, com reivindicações e interesses muito divergentes, entre os quais há islamitas e traficantes de drogas.
Todos esses grupos proliferaram graças ao retorno à Líbia de centenas de homens, entre eles ex-rebeldes tuaregues fortemente armados que combateram ao lado do regime líbio de Muamar Kadhafi até sua queda, em agosto de 2011.
O Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA, rebelião tuaregue) é uma organização político-militar que nasceu pouco depois, no final de 2011, da fusão de grupos rebeldes que tinham por objetivo "libertar o povoado de Azawad da ocupação ilegal de seu território por Mali".
Azawad, ao norte do rio Níger, é o reduto natural dos tuaregues, comunidade nômade da faixa sahel-saariana.
O MNLA reivindicou os primeiros ataques, em meados de janeiro, de localidades próximas da fronteira com a Argélia, e que prosseguiram até a queda, nos últimos dias, das capitais de três regiões administrativas do norte: Kidal e Gao (nordeste) e Timbuktu (noroeste).
Seus dirigentes são Bilal Ag Acherif (secretário-geral) e Mahmud Ag Aghali (presidente do birô político), segundo o site do grupo.
Igualmente presente no terreno está o movimento islamita armado Ansar Dine (defensor do Islã, em árabe) dirigido por Iyad Ag Ghaly, ex-militar e ex-figura das rebeliões tuaregues dos anos 1990, e também ex-dirigente malinense.
Ao contrário da MNLA, o Ansar Dine, implantado principalmente na região de Kidal, preconiza a imposição da sharia em Mali e não reclama a independência de uma parte do norte do país.
Ansar Dine tem laços com células da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), cujos combatentes o apoiam.
A AQMI, que surgiu da transformação de um grupo salafista nascido na Argélia, dispõe desde 2007 de bases no norte de Mali, de onde lança ataques e sequestra ocidentais em vários países do Sahel.
Ansar Dine e MNLA combateram juntos contra o exército nas localidades do nordeste, Tessalit, Aguelhok e Kidal. Atualmente existiria uma disputa pela liderança entre eles.
Igualmente estão presentes no norte de Mali o Movimento para a União e a Jihad na África Ocidental (MUJAO), que são traficantes de droga, assim como outros grupos com atividades criminosas que atuam por dinheiro e que aproveitar para proliferar o caos reinante nesta região de difícil controle.
O MUJAO preconiza a Jihad na África Ocidental e se considera dissidente do AQMI.
Na região também atua o grupo Boko Haram, que reivindicou os violentos atentados contra cristãos na Nigéria e afirma ter por objetivo a instauração de um Estado islâmico no país mais povoado da África.
Bamaco - O norte de Mali , uma vasta região em sua maioria desértica, berço dos tuaregues que reclamam direitos sobre ela, é controlado por vários grupos armados, com reivindicações e interesses muito divergentes, entre os quais há islamitas e traficantes de drogas.
Todos esses grupos proliferaram graças ao retorno à Líbia de centenas de homens, entre eles ex-rebeldes tuaregues fortemente armados que combateram ao lado do regime líbio de Muamar Kadhafi até sua queda, em agosto de 2011.
O Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA, rebelião tuaregue) é uma organização político-militar que nasceu pouco depois, no final de 2011, da fusão de grupos rebeldes que tinham por objetivo "libertar o povoado de Azawad da ocupação ilegal de seu território por Mali".
Azawad, ao norte do rio Níger, é o reduto natural dos tuaregues, comunidade nômade da faixa sahel-saariana.
O MNLA reivindicou os primeiros ataques, em meados de janeiro, de localidades próximas da fronteira com a Argélia, e que prosseguiram até a queda, nos últimos dias, das capitais de três regiões administrativas do norte: Kidal e Gao (nordeste) e Timbuktu (noroeste).
Seus dirigentes são Bilal Ag Acherif (secretário-geral) e Mahmud Ag Aghali (presidente do birô político), segundo o site do grupo.
Igualmente presente no terreno está o movimento islamita armado Ansar Dine (defensor do Islã, em árabe) dirigido por Iyad Ag Ghaly, ex-militar e ex-figura das rebeliões tuaregues dos anos 1990, e também ex-dirigente malinense.
Ao contrário da MNLA, o Ansar Dine, implantado principalmente na região de Kidal, preconiza a imposição da sharia em Mali e não reclama a independência de uma parte do norte do país.
Ansar Dine tem laços com células da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), cujos combatentes o apoiam.
A AQMI, que surgiu da transformação de um grupo salafista nascido na Argélia, dispõe desde 2007 de bases no norte de Mali, de onde lança ataques e sequestra ocidentais em vários países do Sahel.
Ansar Dine e MNLA combateram juntos contra o exército nas localidades do nordeste, Tessalit, Aguelhok e Kidal. Atualmente existiria uma disputa pela liderança entre eles.
Igualmente estão presentes no norte de Mali o Movimento para a União e a Jihad na África Ocidental (MUJAO), que são traficantes de droga, assim como outros grupos com atividades criminosas que atuam por dinheiro e que aproveitar para proliferar o caos reinante nesta região de difícil controle.
O MUJAO preconiza a Jihad na África Ocidental e se considera dissidente do AQMI.
Na região também atua o grupo Boko Haram, que reivindicou os violentos atentados contra cristãos na Nigéria e afirma ter por objetivo a instauração de um Estado islâmico no país mais povoado da África.