Opositor russo Alexei Navalny evita a prisão
Opositor russo Alexei Navalny evitou prisão depois que o tribunal de apelação comutou a sentença de cinco anos de prisão por uma pena condicional
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2013 às 09h01.
Kirov - O principal opositor do Kremlin, Alexei Navalny, evitou nesta quarta-feira um período em uma penitenciária depois que o tribunal de apelação comutou a sentença de cinco anos de prisão por uma pena condicional.
Navalny saiu livre do tribunal, embora permaneça em vigor sua condenação por desvio de recursos, que retira seus direitos políticos e que, segundo seus simpatizantes, foi ordenada pelo Kremlin.
"Mudar o veredicto de 18 de julho a respeito de Navalny e (o coacusado) Ofitser, e considerar as penas ditadas como penas condicionais", declarou o juiz ao fim do julgamento da apelação, que durou menos de três horas.
A promotoria havia solicitado a confirmação da pena de cinco anos de prisão para Alexei Nalavny e de quatro anos para Piotr Ofitserov.
O julgamento da apelação aconteceu em Kirov, uma pequena cidade que fica 900 km ao leste de Moscou , onde o opositor atuou em 2009 como consultor das autoridades regionais.
O veredicto representa uma vitória para o opositor, mas o advogado de 37 anos, famoso pelas investigações anticorrupção publicadas em seu site, indicou que recorrerá para obter a anulação completa.
"Consideramos que o veredicto não está fundamentado na lei. Com certeza vamos recorrer", disse aos jornalistas.
Navalny considera que uma condenação condicional tem por objetivo mantê-lo sob pressão para impedir suas atividades políticas.
"As autoridades tentam com todas as forças afastar-me da batalha política. Não conseguirão, vamos continuar", declarou.
O opositor, que exibia um adesivo "Putin - ladrão!" em seu computador, desejava a anulação da condenação.
"A acusação foi fabricada pelo comitê de investigação em Moscou e tem motivações políticas evidentes", completou.
O opositor foi declarado culpado em julho, ao lado de Piotr Ofitserov, de ter desviado 16 milhões de rublos (400.000 euros) de uma empresa estatal em 2009, quando era consultor de um governador liberal da região.
Navalny sempre denunciou as acusações como absurdas e afirma que a empresa florestal pública foi paga. Também denunciou o ex-diretor da companhia por falso testemunho.
A posição de opositor número um de Navalny foi reforçada com o resultado da eleição para prefeito de Moscou em setembro, na qual recebeu mais de 27% dos votos, apesar da vitória do aliado do Kremlin Serguei Sobianine.
Mas simpatizantes de Navalny denunciaram fraudes na eleição.
Desde os protestos do fim de 2011 em Moscou, Navalny é considerado o líder mais determinado da oposição liberal.
A decisão de deixá-lo em liberdade após a condenação de julho foi interpretada por analistas como uma forma de legitimar a eleição de Moscou.
O site liberal gazeta.ru destacou que as autoridades russas estavam em um dilema, entre a preocupação de não transformar Navalny em "um novo Mandela" russo e não recuar no veredicto de culpa.
Alexei Navalny também é acusado, ao lado do irmão Oleg, alto diretor da empresa de correio russa, por fraude e pode ser condenado a até 10 anos de prisão.
Kirov - O principal opositor do Kremlin, Alexei Navalny, evitou nesta quarta-feira um período em uma penitenciária depois que o tribunal de apelação comutou a sentença de cinco anos de prisão por uma pena condicional.
Navalny saiu livre do tribunal, embora permaneça em vigor sua condenação por desvio de recursos, que retira seus direitos políticos e que, segundo seus simpatizantes, foi ordenada pelo Kremlin.
"Mudar o veredicto de 18 de julho a respeito de Navalny e (o coacusado) Ofitser, e considerar as penas ditadas como penas condicionais", declarou o juiz ao fim do julgamento da apelação, que durou menos de três horas.
A promotoria havia solicitado a confirmação da pena de cinco anos de prisão para Alexei Nalavny e de quatro anos para Piotr Ofitserov.
O julgamento da apelação aconteceu em Kirov, uma pequena cidade que fica 900 km ao leste de Moscou , onde o opositor atuou em 2009 como consultor das autoridades regionais.
O veredicto representa uma vitória para o opositor, mas o advogado de 37 anos, famoso pelas investigações anticorrupção publicadas em seu site, indicou que recorrerá para obter a anulação completa.
"Consideramos que o veredicto não está fundamentado na lei. Com certeza vamos recorrer", disse aos jornalistas.
Navalny considera que uma condenação condicional tem por objetivo mantê-lo sob pressão para impedir suas atividades políticas.
"As autoridades tentam com todas as forças afastar-me da batalha política. Não conseguirão, vamos continuar", declarou.
O opositor, que exibia um adesivo "Putin - ladrão!" em seu computador, desejava a anulação da condenação.
"A acusação foi fabricada pelo comitê de investigação em Moscou e tem motivações políticas evidentes", completou.
O opositor foi declarado culpado em julho, ao lado de Piotr Ofitserov, de ter desviado 16 milhões de rublos (400.000 euros) de uma empresa estatal em 2009, quando era consultor de um governador liberal da região.
Navalny sempre denunciou as acusações como absurdas e afirma que a empresa florestal pública foi paga. Também denunciou o ex-diretor da companhia por falso testemunho.
A posição de opositor número um de Navalny foi reforçada com o resultado da eleição para prefeito de Moscou em setembro, na qual recebeu mais de 27% dos votos, apesar da vitória do aliado do Kremlin Serguei Sobianine.
Mas simpatizantes de Navalny denunciaram fraudes na eleição.
Desde os protestos do fim de 2011 em Moscou, Navalny é considerado o líder mais determinado da oposição liberal.
A decisão de deixá-lo em liberdade após a condenação de julho foi interpretada por analistas como uma forma de legitimar a eleição de Moscou.
O site liberal gazeta.ru destacou que as autoridades russas estavam em um dilema, entre a preocupação de não transformar Navalny em "um novo Mandela" russo e não recuar no veredicto de culpa.
Alexei Navalny também é acusado, ao lado do irmão Oleg, alto diretor da empresa de correio russa, por fraude e pode ser condenado a até 10 anos de prisão.