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Oposição venezuelana denuncia 'obstáculos' para credenciar fiscais eleitorais

Partidos políticos designam observadores nas eleições para denunciar irregularidades e garantir o correto desenvolvimento do pleito

O candidato presidencial venezuelano, Edmundo González Urrutia, com a líder da oposição, María Corina Machado, em um comício em Valencia em 13 de julho (AFP)

O candidato presidencial venezuelano, Edmundo González Urrutia, com a líder da oposição, María Corina Machado, em um comício em Valencia em 13 de julho (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 23 de julho de 2024 às 17h50.

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A principal aliança opositora da Venezuela denunciou nesta terça-feira, 23, "problemas técnicos" no site da autoridade eleitoral para credenciar seus fiscais para as eleições presidenciais de domingo.

A coalizão Plataforma Unitária afirma ter registrado mais de 90.000 fiscais em um processo no qual apresentou o diplomata Edmundo González Urrutia como candidato contra o presidente Nicolás Maduro, mas dificuldades técnicas impediram a impressão das credenciais necessárias para que exerçam suas funções.

Partidos políticos designam observadores nas eleições para garantir o correto desenvolvimento do pleito e denunciar irregularidades.

"Estamos falando de 90.000 pessoas que decidiram aceitar essa enorme responsabilidade e se prepararam (...). Sem constar o credenciamento, duvido que o 'Plano República' (destacamento militar para custodiar as eleições) lhes dê acesso aos centros", disse Perkins Rocha, porta-voz da campanha de González Urrutia, em declaração à imprensa.

Rocha pediu às autoridades do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) uma resposta a um pedido de reunião para "resolver o problema do credenciamento dos fiscais", a quem ele descreveu como "olhos vigilantes e qualificados" para "garantir a transparência e legitimidade do processo".

"A Plataforma Unitária cumpriu integralmente com os procedimentos de inscrição dos fiscais", mas há "obstáculos graves" para completar seu credenciamento, acrescentou.

González Urrutia, de 74 anos, foi indicado pela Plataforma Unitária em substituição à ex-deputada liberal María Corina Machado, que venceu as primárias da oposição no ano passado, mas está impedida de ocupar cargos públicos por uma decisão da justiça.

Maduro, de 61 anos e aspirante a um terceiro mandato que o levaria a 18 anos no poder, acusa constantemente a oposição de planejar fraudes e de não reconhecer os resultados, os quais afirma serão favoráveis a ele.

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