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Oposição ucraniana apresenta novo projeto de lei de anistia

Oposição ucraniana apresentou novo projeto de anistia que beneficiaria todos os detidos nos protestos populares que explodiram em novembro


	Manifestantes ucranianos atrás de barricadas, no centro de Kiev: oposição rejeitou a lei promulgada pelo presidente, Viktor Yanukovich
 (Sergei Supinsky/AFP)

Manifestantes ucranianos atrás de barricadas, no centro de Kiev: oposição rejeitou a lei promulgada pelo presidente, Viktor Yanukovich (Sergei Supinsky/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2014 às 12h28.

Kiev - A oposição ucraniana apresentou nesta segunda-feira um novo projeto de anistia que beneficiaria todos os detidos nos protestos populares que explodiram em novembro, após rejeitar a lei promulgada pelo presidente, Viktor Yanukovich.

"Acabamos de registrar o novo projeto de lei. Consideramos que simplesmente é preciso retirar algumas cláusulas (da lei de anistia). Então, o problema deixará de existir", afirmou Oleg Tiagnibok, líder do partido nacionalista Svoboda (Liberdade).

O opositor se referia a uma lei aprovada na semana passada pelo presidente que não inclui os detidos durante os violentos enfrentamentos de janeiro entre manifestantes e soldados antidistúrbios em Kiev.

Segundo o Ministério do Interior, esses detidos "não são manifestantes pacíficos, mas suspeitos de ter cometido delitos graves".

Além disso, Yanukovich advertiu que a lei entraria em vigor só quando os ativistas opositores desalojassem todos os edifícios administrativos que controlam, entre os quais figuram o da Prefeitura, o da Casa de Sindicatos e o da Casa Ucraniana.

Enquanto as três formações da oposição parlamentar se negam a acatar a lei de anistia, os manifestantes se negam categoricamente a abandonar os edifícios governamentais.

Por outro lado, a oposição insiste na reforma do sistema político e o retorno à Constituição de 2004 a fim de limitar as faculdades do presidente e cedê-las à Rada Suprema (Legislativo).

Isto foi rejeitado hoje tanto pela Presidência como pelo governista Partido das Regiões, que opinam que as propostas da oposição agravarão ainda mais a crise política que o país vive há mais de dois meses.

Os protestos opositores explodiram há pouco mais de dois meses depois que o Governo adiou de maneira indefinida a assinatura do Acordo de Associação com a União Europeia, prevista para o fim de novembro do ano passado.

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