Oposição teme perseguição, mas Maduro promete proteção
Vitória apertada na votação presidencial ainda não foi reconhecida por Henrique Capriles, que exige uma recontagem de votos
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2013 às 13h32.
Caracas - Líderes da oposição da Venezuela afirmaram nesta quarta-feira que temem perseguição contra os protestos pós-eleitorais, mas o presidente eleito Nicolás Maduro prometeu proteger seu rival.
A vitória apertada de Maduro na votação presidencial ainda não foi reconhecida por Henrique Capriles, que está exigindo uma recontagem e alegando milhares de irregularidades nos postos de votação.
Os Estados Unidos deram força aos apelos por recontagem nesta quarta, depois que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, declarou que ainda não decidiram se reconhecem Maduro como presidente da Venezuela, à espera de um esclarecimento da controvérsia sobre a recontagem dos votos.
Sete pessoas morreram em protestos liderados pela oposição, e o governo prometeu uma ação legal contra Capriles e outros que acusam de incitar a violência.
A agitação, poucas semanas após a morte do ex-líder socialista Hugo Chávez, deixou clara a profunda polarização de um país dividido ao meio entre facções pró e antigoverno, e deixou os 29 milhões de habitantes inquietos.
Durante a noite, Capriles alegou que o governo tinha ordenado gangues para atacar os seus partidários e até mesmo sua residência oficial no Estado de Miranda, onde ele é o governador.
"Qualquer coisa que acontecer comigo na residência oficial em Los Teques é de responsabilidade de Nicolás Maduro!", declarou.
Apesar de exigir uma ação legal contra Capriles e chamá-lo de fascista, Maduro, no entanto, disse que ele seria protegido.
f"Eu sou um homem de paz e de palavra. Eu pedi à (agência estatal de inteligência) Sebin para manter a proteção do ex-candidato da direita, embora ele tenha se livrado de quem o estava protegendo", declarou Maduro via Twitter.
Marcha da oposição cancelada
Capriles tinha planejado liderar uma marcha de protesto no Conselho Nacional Eleitoral nesta quarta-feira, mas Maduro proibiu. O líder da oposição, mais tarde, cancelou o evento, dizendo que o governo havia planejado iniciar uma confusão e culpá-lo.
As cenas de segunda-feira de partidários da oposição atacando escritórios do Partido Socialista, clínicas administradas pelo governo e pessoas comemorando a vitória de Maduro foram prejudiciais à causa de Capriles, que ele definiu como a democracia contra a autocracia.
Evocando a memória emotiva de uma tentativa de golpe de 2002 contra Chávez, que durou apenas 48 horas, mas levou a uma radicalização do governo e um descrédito da oposição da Venezuela, Maduro acusou o lado de Capriles de planejar um golpe de Estado.
Cerca de 135 pessoas foram presas e mais de 60 ficaram feridas durante os violentos confrontos de segunda-feira, incluindo uma mulher que uma multidão tentou queimar viva, disseram autoridades. Os protestos foram mais silenciosos na terça-feira.
Milhares de partidários de Capriles promoveram manifestações pacíficas em frente aos escritórios do Conselho Eleitoral em todo o país.
Capriles, 40 anos, diz que o governo é responsável pela violência porque negou pedidos razoáveis de uma recontagem total. Maduro venceu com 50,8 por cento dos votos contra 49,0 por cento para Capriles, de acordo com a autoridade eleitoral Do país.
Maduro deve tomar posse na sexta-feira.
Caracas - Líderes da oposição da Venezuela afirmaram nesta quarta-feira que temem perseguição contra os protestos pós-eleitorais, mas o presidente eleito Nicolás Maduro prometeu proteger seu rival.
A vitória apertada de Maduro na votação presidencial ainda não foi reconhecida por Henrique Capriles, que está exigindo uma recontagem e alegando milhares de irregularidades nos postos de votação.
Os Estados Unidos deram força aos apelos por recontagem nesta quarta, depois que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, declarou que ainda não decidiram se reconhecem Maduro como presidente da Venezuela, à espera de um esclarecimento da controvérsia sobre a recontagem dos votos.
Sete pessoas morreram em protestos liderados pela oposição, e o governo prometeu uma ação legal contra Capriles e outros que acusam de incitar a violência.
A agitação, poucas semanas após a morte do ex-líder socialista Hugo Chávez, deixou clara a profunda polarização de um país dividido ao meio entre facções pró e antigoverno, e deixou os 29 milhões de habitantes inquietos.
Durante a noite, Capriles alegou que o governo tinha ordenado gangues para atacar os seus partidários e até mesmo sua residência oficial no Estado de Miranda, onde ele é o governador.
"Qualquer coisa que acontecer comigo na residência oficial em Los Teques é de responsabilidade de Nicolás Maduro!", declarou.
Apesar de exigir uma ação legal contra Capriles e chamá-lo de fascista, Maduro, no entanto, disse que ele seria protegido.
f"Eu sou um homem de paz e de palavra. Eu pedi à (agência estatal de inteligência) Sebin para manter a proteção do ex-candidato da direita, embora ele tenha se livrado de quem o estava protegendo", declarou Maduro via Twitter.
Marcha da oposição cancelada
Capriles tinha planejado liderar uma marcha de protesto no Conselho Nacional Eleitoral nesta quarta-feira, mas Maduro proibiu. O líder da oposição, mais tarde, cancelou o evento, dizendo que o governo havia planejado iniciar uma confusão e culpá-lo.
As cenas de segunda-feira de partidários da oposição atacando escritórios do Partido Socialista, clínicas administradas pelo governo e pessoas comemorando a vitória de Maduro foram prejudiciais à causa de Capriles, que ele definiu como a democracia contra a autocracia.
Evocando a memória emotiva de uma tentativa de golpe de 2002 contra Chávez, que durou apenas 48 horas, mas levou a uma radicalização do governo e um descrédito da oposição da Venezuela, Maduro acusou o lado de Capriles de planejar um golpe de Estado.
Cerca de 135 pessoas foram presas e mais de 60 ficaram feridas durante os violentos confrontos de segunda-feira, incluindo uma mulher que uma multidão tentou queimar viva, disseram autoridades. Os protestos foram mais silenciosos na terça-feira.
Milhares de partidários de Capriles promoveram manifestações pacíficas em frente aos escritórios do Conselho Eleitoral em todo o país.
Capriles, 40 anos, diz que o governo é responsável pela violência porque negou pedidos razoáveis de uma recontagem total. Maduro venceu com 50,8 por cento dos votos contra 49,0 por cento para Capriles, de acordo com a autoridade eleitoral Do país.
Maduro deve tomar posse na sexta-feira.